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sexta-feira, janeiro 12, 2024

QUAL O MELHOR DEUS A ESCOLHER? PARTE 1 DE 11

 

QUAL O MELHOR DEUS A ESCOLHER?

Existe uma questão que tem origem nas religiões abraamicas e que nos afeta um pouco.

As religiões abraamica são: judaísmo, catolicismo e suas variações e até o islã.

Essa questão é a que eles enfrentam as outras religiões em relação a existência de deus.

Os abraamicos, todos eles, entendem que eles têm o deus, o verdadeiro e que outras religiões tem outra coisa, mas essa outra coisa não é deus, porque só eles conhecem o deus de verdade.

Vocês não podem imaginar quantas formas diferentes temos de enfrentar esse argumento bobo, mas, eu aqui vou enfrentar isso usando a teologia deles e claro, bom senso.

Essa colocação sobre deus, adquire diversos sabores dependendo da religião dessa raiz semita, essas que eu citei, mas a questão é a mesma.

A posição deles pressupõe que existem vários deuses ou sub-deuses ou falsos deuses ou demônios. Eles usam várias denominações. Isso não é simples, eles definem as outras religiões da forma como querem, mas, no fim, somente eles tem o absoluto, único e verdadeiro deus e a única verdade.

O curioso que essa verdade surge da cabeça deles.

Acreditem, tratar desse tema seria um longo e interessante relato, explicando que os judeus sempre foram politeístas, muito tardiamente mudaram isso e ai se converteram e reescreveram muito tardiamente toda a sua história para apagar esse passado. O antigo testamento é uma obra literária cuidadosamente elaborada.

Mostrar que esse entendimento que eles fazem das outras religiões é parte disso, que existe na atualidade um enorme esforço dos cristãos em geral de distorcer entendimento do livro deles para empulhar suas teses.

Dessa multiplicidade de deuses é que veio o título do vídeo, mas, para simplificar: temos, de fato, muitos deuses? Temos o deus deles, o deus dos hindus, o deus dos chineses, etc..?

Qual é o melhor deus a ser escolhido nessas opções?

O que isso muda na nossa vida?

Ao escolhermos um deus e uma religião mudamos nossa vida e nosso destino?

Por exemplo, os cristãos terão uma vida e um pós-vida diferente dos induístas? Depois que você morrer, vai ter uma porta para os cristãos entrarem, outra para os induístas? Outra para os espíritas? Já pensarem nisso?

Por quê eles tem esse problema da supremacia do deus deles e as demais religiões não têm?

Que deus devemos escolher? Qual é melhor? O deus deles ou os outros deuses?

Se tratamos deus como Olódùmarè, teremos escolhido o deus errado?

Bom, antes de seguir tenho que dizer que esse assunto é bem extenso, dá para falar muitas e muitas horas sobre isso e, assim, eu escolhi um viés entre os muitos possíveis, um que eu entendo ser mais simples para abordar o tema.

Além disso, neste vídeo, vou estar falando da forma como as religiões abraamicas, que eu citei, tratam essa questão de deus e por essa razão estarei referenciando muito os judeus e o judaísmo, apenas porque o entendimento e história deles está na origem dessa questão. Não tem nenhuma razão especial e este tema não é destinados somente aos judeus.

Primeiro vamos a uns números sobre religião no mundo:

32% é cristão (50% católico)

0,2% é judeu

23% é muçulmano

Total abraamico – 55%

7% é budista

15% é induista

total Indu – 22%

15% é sem religião mas creem em deus

3% são ateus

4,8% - outras

Podemos entender várias coisas com esses números.

A primeira é que eles, os semitas, são apenas metade da população do mundo. A outra metade não pensa igual a eles.

A segunda é que, de fato deus fez um bom trabalho através dessa religião, partindo dos judeus, que são menos do que um traço na estatística, ele convenceu metade do mundo a seguir esta religião. Inclusive explorar esse tema, de por que e como deus espalhou essa religião pelo mundo já seria um tema enorme.

A terceira é que os ateus são apenas 3% do mundo, eles são menos do que qualquer religião, são pouco mais do que um traço, mas, querem dominar o discurso. Eles conseguem isso devido aos 15% que creem em deus mas não tem religião, como sempre esse pessoas ficam em cima do muro mas sempre caem do lado cristão, prejudicando todo mundo.

Eu gostaria de abordar diretamente a questão de existir ou não vários deuses, mas, tenho que fazer um pouco diferente. É necessário explicar isso em uma ordem para que isso possa ser abordado, caso contrário vai ser inútil, assim tenham um pouco de paciência.

Vamos então a um argumento teológico simples - como eu prometi - para iniciar, mas, para isso, precisamos não tomar partido de nenhuma religião, porque não dá para olhar essa questão estando de ante mão preocupado em afirmar a posição de uma delas.

Na gêneses das outras religiões, que não as semitas, um deus supremo também criou tudo do nada.

Nenhuma história é igual à outra, em algumas aparecem mais ou menos deuses, existem justificativas para a criação e, sem nenhuma coincidência, elas refletem, no fundo, a forma humana de se relacionar, mostrando que as pessoas apenas contaram as histórias de uma maneira que as outras pessoas entendessem. Mas isso é apenas variações da literatura de construção e não podemos examinar esses textos buscando exatidão histórica ou descritiva porque são textos humanos. Foram escritos para descrever um contexto para humanos e feitas por humanos.

Uma história na qual um deus único e solitário cria o tudo do nada e sem motivação ou explicação não é melhor do que outras que mostram um deus maior e outros menores criando o mundo e as pessoas, baseados em um motivo qualquer, conflito entre eles, etc.

O exame disso mostra que as outras religiões, grandes ou não, reconhecem a existência do mesmo deus supremo e da mesma criação unificada.

As narrativas normalmente são na forma de versos épicos e trazem variações na maneira de se entender o mesmo assunto com mais ou menos detalhes.

Não se pode ficar confrontando detalhes e mostrando defeitos ou lacunas nas narrativas de cada uma, como os semitas gostam de fazer para ter razão.

Não tem nada de melhor em uma gênese simples e sem graça versus outra épica e cheia de detalhes. A história da gênese sempre será uma obra humana feita para humanos entenderem.

O que importa é o sentido geral do tema e, nesse sentido, o fácil entendimento da presença do deus supremo é constante nas religiões.

Existe uma abordagem aqui, que tem muitos pesquisadores e trabalhos que questionam a autenticidade do relato judaico, esses que as pessoas tratam como sendo o verdadeiro, mostrando as referências originais e como foi criado, mas não vou abordar esse viés.

Então, seguindo o que estou explicando, não podemos ter vários deuses supremos criando o mundo de forma diferente ou mais de uma vez.

O que temos então são várias fontes, independentes, relatando a presença do mesmo deus supremo criando tudo. Esta é uma consciência coletiva, que atribui a um deus supremo a origem da vida e do mundo.

Como consequência do que estou dizendo, não podemos ter jeová de um lado criando o universo só para os judeus e de outro brama e olódùmarè, por exemplo, fazendo o mesmo para hindus e africanos. Só temos 1 universo e 1 mundo para ser criado, não vivemos em universos paralelos.

Como outras religiões também relatam um deus supremo e como não podem haver 2 ou mais deuses supremos, temos que estar tratando do mesmo e único deus supremo, que existe e criou tudo. Mas, esse deus, é entendido ou traduzido por povos diferentes de maneiras diferentes.

Entendam que, nenhum deus, passou um fax para os humanos contando a história da criação.

As gêneses sempre são obras humanas feitas para humanos entenderem e sempre surgiram quando não havia escrita e foram documentadas em escrita muito posteriores a sua origem.

Assim, não existe, de fato, um deus a escolher, não existe deus melhor a ser escolhido, uma vez que, como eu afirmo, estamos tratando do mesmo deus, apenas com nomes diferentes.

Como consequência dessa minha afirmação, as demais religiões também são manifestações do mesmo deus supremo.

Assim, isso é o que um observador independente, que não esteja comprometido com nenhuma dessas visões, pode facilmente concluir.

O meu argumento é simples de entender, deus, em todo o mundo e ao longo dos séculos sempre esteve junto das pessoas, se anunciando e com isso estabelecendo religiões. Ele sempre buscou proteger e orientar a humanidade, como um todo a encontrar sua melhor versão humana.

Na visão de todas as religiões o mundo, o universo e toda a humanidade é obra de deus. A obra é o todo e não apenas uma parte.

Claro que, contrário a essa minha visão muitos vão se levantar, principalmente os semitas: judeus e cristãos.

Vão dizer que estou fazendo uma salada, misturando tudo e que tudo é a mesma coisa, que deus é único e apareceu para eles e blablabla.

Mas não é isso que eu falo. Eu não penso que é tudo igual. Todas as religiões são diferentes e a razão disso é humana e não divina.

Minha visão é que cada pessoa deve escolher apenas uma religião e basear sua fé nas mensagens desta religião e desconsiderar as outras.

Se escolheu a melhor ou não isso é de cada pessoa. Eu reconheço religiões ruins e boas por critérios objetivos, mas cada pessoa deve fazer sua escolha.

E por que escolher apenas uma? Porque cada religião tem uma consistência teológica contida nela. Existe orientações, indicações, proibições e modelos a serem seguidos e isso só faz sentido com o entendimento da teologia e com o devido equilíbrio das coisas.

Eu sugiro que essa escolha deve ser também baseada em sociedade e cultura, não vejo sentido em alguém aqui no Brasil querer ser induísta. Religião é importante, tem propostas diferentes para você entender e viver sua vida, mas escolher uma é uma escolha pessoal e cada um viva com a escolha que fizer.

Por fim, é minha posição que você deve ter uma religião ao invés apenas de crer em deus. Ter uma religião significa você aceitar e se submeter as mensagens e orientações de deus. Significa você mudar quem é e sua vida baseado no que deus transmite através do entendimento deste religião. A pessoa que adota uma religião está aberta a dar e receber de deus. Quem crê sem adotar uma religião quer apenas receber de deus.

Vocês podem estar confusos, nesse momento onde eu quero chegar, mas, calma isso vai ficar claro.

O que eu estou afirmando é que não temos um deus melhor ou verdadeiro a escolher. É o mesmo deus supremo. Você não pode acreditar em um deus supremo e duvidar das outras religiões, se você faz isso é você que está acreditando em um deus menor ou no seu diabo preferido.

O problema com os semitas: judeus e cristãos, nessa questão é que a teologia deles depende da afirmação de serem únicos e de terem a única verdade. Sem isso o castelo de cartas deles desaba, por isso são tão agressivos nessa questão. Esta é a razão da intolerância.

Eles fazem você acreditar que só eles falaram com deus quando na verdade ninguém falou com deus nenhum.

É isso que eu vou explicar.



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