Odù A mítica esposa de Órunmila (Ọ̀rúnmìlà)
A história a seguir compilada a
partir de versos é uma das mais importantes para Ifá, como vou
explicar no final. Eu não transcrevi os versos originais, farei um
resumo dos versos na forma de uma história continua, fica mais fácil
de entender, mas, ler os versos é obrigatório para o Bàbáláwo,
porque as informações estão neles.
Que
tu pises no mato.
Que
eu pise no mato.
Que
pisemos juntos no mato.
Ifá
é consultado para Odù.
5
Eles dizem Odù veio do além para a
terra.
Quando
ela chegou à terra,
eles
dizem, tu Odù, esta é tua partida.
Olódùmarè
lhe dá um pássaro.
Ela
pega esse pássaro para ir à terra.
Aragamago
é o nome que Olódùmarè dá a esse pássaro.
Aragamago
é o nome que tem esse pássaro de Odù.
Ele
diz, tu Odù,
ele
diz, toda tarefa para a qual ela o enviaria, ele a cumpriria.
Ele
diz, ao lugar onde agradasse a ela enviá-lo, ele iria.
Ele
diz, se fosse para fazer o mal,
ele
diz, se fosse para fazer o bem,
ele
diz, todas as coisas que ela gostasse de dizer a ele para fazer, ele
faria. Odù leva esse pássaro para a terra.
Odù
disse que ninguém a poderia olhar.
Ela
diz que não a olhem,
se
um inimigo de Odù a olhasse,
ela
lhe romperia os olhos (ela o cegaria)
com
o poder desse pássaro ela lhe romperia os olhos.
Se
um outro inimigo seu quisesse espiar o que contém a cabaça desse
pássaro, esse pássaro Aragamago lhe romperia os olhos.
E
assim que ela utiliza esse pássaro.
Ela
o utiliza até chegar à casa de Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà).
Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà) vai consultar seus Bàbáláwo.
Vai
consultar: “Se ensinarmos a inteligência a alguém, sua
inteligência será inteligente”.
“Se
ensinarmos a estupidez a alguém, sua estupidez será estúpida”.
Os
Bàbáláwo da casa de Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) consultam ifá para
saber o dia em que ele tomará Odù como sua mulher. Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà) é assim, tomará Odù como sua mulher.
Os
Bàbáláwo de Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) dizem ei!
Eles
dizem, Odù que tu queres tomar como mulher, eles dizem, um poder
está em suas mãos.
Eles
dizem, (para) esse poder Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) fará uma
oferenda ao chão, por causa de toda a sua gente.
Eles
dizem (para que) com seu poder ela não mate e coma, porque o poder
dessa mulher é maior do que o de Órunmila (Ọ̀rúnmìlà).
Eles
dizem a Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) que faça rapidamente essa
oferenda sobre o chão.
Eles
dizem as coisas que Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) preparará sobre o
chão.
Eles
dizem que Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) tenha um rato òkété.
Dizem
que ele tenha um rato.
Dizem
que ele tenha um peixe.
Dizem
que ele tenha um caracol.
Dizem
que ele tenha azeite de dendê.
Dizem
que ele tenha 8 shillings.
Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà) faz a oferenda.
Quando
Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) fez a oferenda, eles consultam ifá para
ele.
Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà) leva (a oferenda) para fora.
Ao
chegar Odù, ela encontra a oferenda na rua.
Ah!
o que veio fazer esta oferenda no chão?
Ah!
diz Exu (Èṣù), Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) fez essa oferenda ao
chão, porque quer desposar a ti, Odù.
Odù
diz, nada mau.
Todos
aqueles que Odù leva atrás dela são as coisas más.
Ela
diz que todos eles comem.
Odù
também abre no chão a cabaça de Aragamago, seu pássaro.
Ela
diz que ele come.
Odù
entra na casa.
Quando
ela entrou na casa, Odù chama Órunmila (Ọ̀rúnmìlà).
Ela
diz, tu Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) Ela diz, ela chegou.
Ela
diz, seus poderes são numerosos,
ela
diz, mas ela não deixará que eles te combatam.
Ela
diz, que ela não quer brigar contigo, Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà).
Ela
diz, mesmo que alguém pedisse sua ajuda, lhe dissesse que te
combatesse,
ela
diz, ela não te combaterá,
pois
Odù diz, eles não farão Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) sofrer.
Porque
se eles quisessem fazer Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) sofrer,
Odù
com seu poder e o poder de seu pássaro combateria essas pessoas.
Quando Odù acabou de falar,
Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà) disse, nada mau.
Então
eles vão chegar.
Quando
chegou o momento, Odù diz, tu Órunmila (Ọ̀rúnmìlà), ela diz,
aprende depressa minha proibição (de Odù).
Ela
diz, ela quer dizer-lhe qual é sua proibição.
Ela
diz, ela não quer que as outras mulheres dele, olhem o rosto dela.
Ela
diz, que ele diga a todas as suas outras mulheres, ela diz, que não
olhem o rosto dela.
Aquela
que olhasse seu rosto, veria sua batalha.
Ela
diz, que ela não quer que ninguém olhe seu rosto.
Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà) diz, nada mau.
Então
ele chama todas as suas mulheres.
Ele
as previne.
As
mulheres de Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) não olharão o rosto dela.
Odù
diz a Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) que,
ela
diz, ela vem contigo fazer com que seu fardo se torne benfazejo.
Ela
diz, que ela consertará todas as coisas.
Ela
diz, tudo aquilo que ele quisesse estragar, ela não consertará.
Ela
diz, se ele conhece sua proibição,
ela
diz, tudo aquilo que é seu completamente ficará bom.
Então
aquele que as quisesse estragar,
ela
não deixará que nada seja estragado.
Se
Oṣò quiser estragar,
ela
diz, ela não (o) deixará (agir),
então
ele mesmo será estragado.
Ela
diz, nenhuma àjé é capaz de estragar uma coisa de Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà).
Ela
diz que Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) não brinca com ela.
Ela
diz, todas as suas coisas, completamente, ficarão boas.
Ela
diz que não brigará com Órunmila (Ọ̀rúnmìlà).
Não
brigará com sua gente.
Ela
diz que Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) sabe as tarefas que ele quer
mandar que ela faça.
Ela
diz, se ele envia uma mensagem para fazer alguém sofrer, se ele
quiser enviá-la, ela entregará (a mensagem).
O
poder de seu pássaro,
se
alguém quisesse fazer Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) sofrer,
ainda
que somente beliscá-lo, Odù brigaria
Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà) diz hein! tu Odù.
Ele
sabe que tu és importante.
Ele
sabe que tu és superior a todas as mulheres do mundo.
Jamais
ele brincará contigo.
Todos
os seus filhos que são Bàbáláwo, previne-os para que jamais ousem
brincar contigo, porque Odù é o poder dos Bàbáláwo.
Ele
diz, se o Bàbáláwo possui ifá, ele diz, ele também tem Odù.
Ele
diz, o poder que então Odù lhe dá diz que,
todas
as mulheres que estão junto dele não ousem olhar o rosto dela.
A
partir desse dia, todos os Bàbáláwo, sem faltar nenhum, não há
quem não tenha essa Odù.
Aquele
que não tivesse essa Odù não poderia
consultar ifá.
No
dia em que ele tiver Odù,
nesse
dia ele se tornará alguém, que Odù não abandona ao sofrimento.
Eu tenho uma outra versão desta
história contada pelo Bàbáláwo Pópóólá.
Odù não era uma mulher bonita,
mas era conhecida no mercado por ser uma mulher dotada de grandes
poderes e com eles ajudava muito seu pai. Essa sua capacidade havia
sido identificada no seu nascimento.
Ela era de fato temida por todos
em razão do sei grande poder. Quando chegou a idade de se casar, seu
pai sabendo que ela não poderia ser desposada por uma pessoa comum,
procurou Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) e a
ofereceu em casamento.
Quando ela e Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà) se encontraram pessoalmente para combinar
isso ela disse para ele que faria tudo para ajudá-lo mas que nunca
aceitaria ser desrespeitada por ninguém. Ela jamais seria superada
por ninguém. Ela queria ser mimada e adorada por seu futuro marido,
mas, não queria contato com nenhuma outra mulher e qualquer mulher
que colocasse os olhos nela sofreria uma consequência terrível.
Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà) reuniu suas mulheres e falou das exigências
de Odù para morar com ele, dizendo que Odù não queria ser vista
por nenhuma mulher e que elas deveriam concordar com isso. Caso não
concordassem ele desistiria de se casar com Odù.
Elas disseram que não havia
nenhum problema naquelas exigências e que Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà) poderia sim se casar com ela. Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà) perguntou 3 vezes para suas esposas se eles
concordavam com as exigências de Odù e que se eles não
concordassem ele desistiria de se casar com ela. Três vezes elas
disseram que sim.
Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà) concordou então com as condições de Odù e
a levou para casa colocando-a em um quarto em uma parte da casa
reservada somente para ela. Odù gostou muito de seu local e as
demais mulheres também.
Contudo 6 meses depois de ela ter
se mudado para a casa de Órunmila (Ọ̀rúnmìlà)
uma das esposas de Órunmila (Ọ̀rúnmìlà),
que havia concordado com as condições, juntou as demais mulheres e
disse era um insulto para as demais mulheres que a esposa mais nova
de Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) vivesse na
casa sendo cuidada por elas as mais antigas. Elas tinham que cozinhar
para ela, lavar as roupas dela, limpar a casa para ela e que ela não
participava em nada das obrigações da casa.
Algumas argumentaram que depois
que Odù foi para a casa que a condição delas no mercado havia
melhorado e que elas deveriam levar aquilo em consideração antes de
fazer qualquer coisa contra Odù.
Outras disseram que Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà) devia ser consultado, mas, as que estavam
contra Odù disseram que ele estava dominado por ela. Elas então
decidiram procurar ela diretamente e dizer que ela deveria assumir as
obrigações da casa como todas elas.
Para isso pegaram lâmpadas e
foram para a parte da casa onde ela ficava. Elas entraram no quarto e
quando a luz da lâmpada iluminou o rosto de Odù e as mulheres viram
elas todas caíram mortas.
Quando Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà) chegou ele viu os corpos das esposas
empilhados na porta do quarto de Odù.
Ọ̀rọ̀
mọ̀dímọ̀dí, também conhecido como Odù, era filha de Olówu
Ṣàkoorogbále. A partir do momento que sua mãe passou a levar ela
em seu ventre, ficou claro que Ọ̀rọ̀ mọ̀dímọ̀dí não
era uma pessoa normal.
Quando
ela nasceu, os eventos que aconteceram em torno dela e de todo o
mundo confirmaram que ela não era um ser humano comum. Durante a
cerimônia Ìkọsẹ̀dáyé, o Awo que estavam lá para realizar os
ritos colocou ênfase no fato de que o bebê foi especialmente dotado
de qualidades únicas e de poderes do orun. Ela não podia, e não
deve ser casada com uma pessoa comum, quando ela crescesse para a sua
maturidade.
Eles
a chamaram de Ọ̀rọ̀ mọ̀dímọ̀dí , também conhecida como
Odù.
Odù
estava abaixo da média em beleza e aparência física. Ela era muito
ciumenta das outras mulheres. Numa fase de sua vida, Odù só poderia
ser encontrada no meio dos homens, como resultado de seu ciúme por
seus colegas mulheres.
Todos
aqueles ao seu redor estavam convencidos de que Ọ̀rọ̀
mọ̀dímọ̀dí era dotada de poderes espirituais extremamente
elevados. Ela aplicou esses poderes para ajudar seu pai Olówu
Ṣàkoorogbále para ter sucesso e tornar-se grande na vida. Outros
homens que se aproximaram dela para serem ajudados foram igualmente
assistidos.
Quando
ela estava amadurecida o suficiente para ir para o mercado de
casamentos, muitos homens, no entanto, a temiam. Eles sabiam que não
podiam suportar sua proeza espiritual. Foi por isso que seu pai Olówu
Ṣàkoorogbále se aproximou Ọ̀rúnmìlà para ele se casar com
ela, em conformidade com a orientação de Ifá, durante sua
Ìkọsẹ̀dáyé, que nenhum homem comum poderia se casar com ela.
Ọ̀rúnmìlà
consultou Ifá e Ifá lhe deu o sinal verde para se casar com ela.
Ifá no entanto advertiu que ele deve chamar esta mulher e pedir-lhe
para ela lhe dizer que ela gostava e o que não gostava antes de ela
entrar em sua casa.
Como
resultado deste aviso de Ifá, Odù foi convidado pelo Ọ̀rúnmìlà
para uma discussão um-para-um. Ela pediu a Ọ̀rúnmìlà para
encontrá-la na casa de seu pai em uma data especificada. Quando se
conheceram, ela prometeu a Ọ̀rúnmìlà que ela iria assisti-lo ao
sucesso e grandeza. Ela disse que ninguém seria capaz de vencê-lo.
Ela disse que nenhum dos seus companheiro Irúnmole seriam tão
grande quanto ele. Ela disse que adorava ser paparicada, adorada e
respeitada por seu futuro marido. Ela concluiu que ela não gostava
de ser visto por outras mulheres - como uma questão de fato, ela
nunca iria tolerar ser vista por qualquer mulher em terra. Ela
colocou ênfase no fato de que qualquer mulher que se atrevesse a
vê-la, encontraria com uma terrível consequência.
Quando
ela disse isso, Ọ̀rúnmìlà disse-lhe que ele já estava casado
com muitas mulheres, em consequência disso, ele teria de discutir
isso com as suas outras mulheres antes que ele pudesse dar-lhe
qualquer resposta sobre seus gostos e desgostos. Ọ̀rọ̀
mọ̀dímọ̀dí concordou com ele. Outra data foi fixada para uma
nova rodada de discussão antes de Ọ̀rúnmìlà partir para sua
casa.
Em
casa, Ọ̀rúnmìlà convocou todas as suas mulheres e explicou-lhes
o que tinha acabado de ser conversado entre ele e Odù. Disse-lhes
que Odù foi intransigente sobre o aspecto de que nenhuma mulher deve
vê-la. Pediu-lhes para dizer-lhe a sua opinião verdadeira e
consciente de que se elas sentiram que poderiam acatar o pedido
incomum de Odù, e se não, ele estaria disposto a não de casar com
ela.
Todas
as mulheres disseram Ọ̀rúnmìlà que não havia nada de
espetacular com isso. Elas disseram que desde que a mulher não
estava preparada para vê-las ou ser visto por elas, elas também não
estavam prontos para vê-la. Elas pediram a Ọ̀rúnmìlà ir em
frente e casar com Ọ̀rọ̀ mọ̀dímọ̀dí.
Quando
Ọ̀rúnmìlà e Odù se encontraram novamente, ele disse a ela que
não havia nenhum problema. Odù disse Orúnmlla voltar para casa e
confirmar isso muito bem. Três vezes chamou Ọ̀rúnmìlà suas
esposas para perguntar-lhes se elas estavam certas de que elas seriam
capazes de lidar com Ọ̀rọ̀ mọ̀dímọ̀dí e três vezes
todas elas disseram que não havia problema. Por este motivo, o
casamento foi contraído.
Quando
Ọ̀rọ̀ mọ̀dímọ̀dí mudou para a casa Ọ̀rúnmìlà, a
ela foi dada uma sala no extremo da casa. Ela amava o arranjo e todas
as outras mulheres adoraram também. Durante seis meses, eles viveram
juntos sem problema.
Um
dia, no entanto, uma das mulheres na casa de Ọ̀rúnmìlà chamou
as outras mulheres e disse lhes que era um grande insulto para uma
mulher, ter que se submeter a mais nova esposa desta maneira,
pedindo-lhes para não a verem e e estabelecendo para elas, esposas
mais antigas uma regra! Ela disse que ficou claro que essa mulher
estava usando um truque sobre elas para que ela evitasse de
participar das tarefas domésticas. Para adicionar pimenta a ofensa
ela lembrou que eram elas que cozinhavam para ela, buscavam-lhe água,
varriam a casa e lavavam a roupa para ela!
Ela
alegou Ọ̀rúnmìlà fora enganado ao aceitar as regras da mulher.
Ela acusou Ọ̀rúnmìlà de dançar as músicas para a mulher mais
jovem. Como poderia Ọ̀rúnmìlà permitir que essa mulher mais
nova ser capaz de ditar regras às pessoas mais antigas da casa? A
situação deve ser tratada e corrigida!
Algumas
das outras esposas admitiram que houve uma melhoria significativa em
suas vidas no pouco período pouco que Odù entrou na casa. Eles
sentiam que tal benefício deveria ser considerado antes de tomar
qualquer decisão contra a mulher.
E
daí? a outra mulher gritou. Foi isso o suficiente para ela ser a
única a dar ordens na casa? Ela deve ser colocada em seu devido
lugar! ela declarou.
Uma
delas sugeriu que elas deveriam enfrentar Ọ̀rúnmìlà e pedir-lhe
para encontrar solução para o problema. Três outras mulheres disse
que Ọ̀rúnmìlà não podia fazer nada porque sua cabeça estava
permanentemente na axila da mulher. A mulher, Odù era quem
controlava Ọ̀rúnmìlà.
Se
houvesse qualquer solução, ela deveria ser encontrados pelas
mulheres. E, foi assim que todos elas concluíram que todas elas
iriam conhecer a mulher, arrastando-a para fora do quarto dela e
fazê-la a participar nas tarefas domésticas. Se ela era temida pelo
seu marido, elas não tinham medo dela, todos elas assim concluíram.
Uma
vez que Ọ̀rọ̀ mọ̀dímọ̀dí estava vivendo na sala no
extremo da casa, o lugar estava sempre escuro. Eles passaram a olhar
para as luzes que acendiam para vê-la em seu quarto. Ela estava
vivendo na escuridão desde que havia chegado nessa casa. A mais
velha das esposa disse a todas as outras mulheres para trazerem as
suas lâmpadas de seus quartos. Elas fizeram. Ela declarou que elas
deveriam arrastar Ọ̀rọ̀ mọ̀dímọ̀dí fora naquele mesmo
dia para expor a sua face. Sim! todos elas disseram em coro, e elas
partiram.
Elas
invadiram seu quarto com as suas lâmpadas e concentraram as lâmpadas
em sua cara. O que elas viram foi indizível e indescritível.
Naquele mesmo instante, todas elas desabaram, caíram mortas!
Quando
Ọ̀rúnmìlà chegou em casa, ele sentiu algo terrível tinha
acontecido, ele não conseguiu encontrar nenhuma das suas esposas.
Ele chamou-as e não havia ninguém para responder. Ọ̀rọ̀
mọ̀dímọ̀dí não deixou seu quarto. Ọ̀rúnmìlà se moveu
para dentro só para encontrar os corpos das mulheres empilhados uns
sobre os outros na porta de Ọ̀rọ̀ mọ̀dímọ̀dí. Quando
ele percebeu que elas estavam todas mortas, a dor tomou conta dele.
Ele gritou e acusou Ọ̀rọ̀ mọ̀dímọ̀dí de introduzir
agonia em sua casa, dizendo:
Oro,
eu não entrei em aliança com você para a morte
Nem
eu negociei para ter aflição
E
eu não acordei com você que minha casa seria incendiada
Quando
Ọ̀rọ̀ mọ̀dímọ̀dí ouviu isso, ela simplesmente respondeu
assim:
É
verdade que você não entrou em aliança comigo para a morte
E
que você não fez barganha para aflição
Mas
você também não me disse que a luz seria levado a olhar na minha
cara!
Foi
assim que Ọ̀rúnmìlà soube que as mulheres de sua família foram
as que trouxeram luzes para o quarto de Odu para olhar para seu rosto
em desafio. Isso foi o que provocou-a para atacá-las.
As
folhas de Ọ̀dundun são grossas ao toque
as
folhas de Tẹ̀tẹ̀rẹ̀gùn são longos e grande na aparência
Se
você olhar para Adẹ́tẹ̀. As folhas do Cactus
E
olhar para as folhas Ọ̀dundun
Eles
se parecem exatamente o mesmo
Estas
foram declarações de Ifá para Ọ̀rúnmìlà
Quando
ele foi se casar com Ọ̀rọ̀ mọ̀dímọ̀dí
A
descendência de Olówu Ṣàkoorogbále
Ele
foi aconselhado a oferecer ebo
Ọ̀rúnmìlà
começou a cantar e sua música se tornou uma canção de lamentação,
ele disse:
Ọ̀rọ̀
mọ̀dímọ̀dí, eu não entrei em aliança com você para a morte
Nem
eu negociei para ter aflição
E
eu não acordei com você que minha casa seria incendiada
É
verdade que você não entrou em aliança comigo para a morte
E
que você não fez barganha para aflição
Mas
você também não me disse que a luz seria levado a olhar na minha
cara!
Ifá
diz que não importa o que aconteça nenhuma mulher deve ser
autorizado a ver Odù ou possuir Odù. Foi Odù ela mesma, uma
mulher companheira, que decretara contra a ser visto por qualquer
mulher.
Esses versos são
importantíssimos, mostram que Odù recebeu o poder absoluto de
Olódùmarè e depois de “casa” com Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà). A mulher não tem nenhum espaço no
sacerdócio de Ifá e isso esta definido aqui. O espaço da mulher na
religião é no culto de Òrìṣà (Orixá) onde ela é
preponderante, os eleguns devem ser mulheres.
Mas, apesar disso, é da mulher
que orunmilá recebe o axé (àṣẹ) de Olódùmarè, o poder
absoluto e o controle sobre ajé (Àjẹ́).
Mais uma vez eu destaco a questão
do equilíbrio, o sacerdote de Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà) é homem mas seu poder vêm de Odù a mulher.