Texto anterior: Como é a composição do egbe (Ẹgbẹ́) órun (Ọ̀run)
O que
é a sociedade egbé (Ẹgbẹ́) órun (Ọ̀run)
Esta sociedade é
composta de almas que,
originalmente, saíram do
órun (Ọ̀run) para nascerem no Àiyé, mas,
que devido a um problema no curso de sua vida perdem o retorno para o
órun (Ọ̀run) e vão para o
Ìrònà. Esse
grupo de espíritos, mais
do que apenas camaradas,
formam laços familiares entre
eles que substituíram os
laços familiares normais deles, que
foram perdidos com a morte e a ida para o Ìrònà
e desta forma eles
são extremamente unidos.
Unidos pela solidariedade.
A sociedade fica localizada no
Ìrònà o espaço
entre o órun (Ọ̀run) e o mundo
físoco, uma parte do Àiyé
que é habitado por outros seres supernaturais como as ajé (Àjẹ́).
Estarem localizados nesse
espaço intermediário os coloca dentro da capacidade de ter
influência sobre os seres
vivos sem serem renascidos.
Assim, eles podem existir no Àiyé e interferir na vida das pessoas,
como é descrito nos mitos, através de sonhos, pesadelos, acidentes
e comunicação.
Se fossem localizados no órun (Ọ̀run)
essa atuação seria impossível devido ao distanciamento dimensional
do Àiyé e do órun (Ọ̀run). Igualmente justifica a necessidade
deles se “alimentarem”, como descrito nos mitos, são
espíritos em nossa dimensão e precisam de energia transmutada.
É de fato uma sociedade de almas
que não necessariamente são Àbíkú. Elas estão ali, vivendo ou
perdidas entre os dois mundos, Àiyé e órun (Ọ̀run). O egbé
(Ẹgbẹ́) órun (Ọ̀run) não são os fantasmas, almas que se
perdem e ficam vagando no Àiyé. Os
egbé (Ẹgbẹ́) órun (Ọ̀run) se unem, formam uma família e são
protegidos pelos Orixá (Òrìṣà). Fazem parte desse grupo os Eré,
crianças que se manifestam nos Elegùn
após a incorporação dos Orixá (Òrìṣà) e sobre as quais
falarei mais a diante.
Enquanto frequentei Candomblé
tive muito contato com os Eré
e haviam duas coisas bem comuns. Eram espíritos de crianças, elas
viviam juntas, os Eré,
no que eles citavam ser uma
“floresta” e todas tinham morrido ainda crianças, sendo que
poucas gostavam de comentar as causas. Era evidente que elas
mantinham seus traumas e suas
memórias da vida que tiveram
e, não
perder a memória, é mais um fator que permite
afirmar que estão
localizadas
no Ìrònà e
não no órun (Ọ̀run).
Vou tratar disso a
seguir.
Temos assim uma coincidência
grande demais para ignorarmos. Temos um grupo de almas infantis que
são chamados de egbe (Ẹgbẹ́) órun (Ọ̀run) e ficam, como
afirmo, localizados no Ìrònà
e não no órun (Ọ̀run), formando
uma sociedade com vínculos fraternais fortes e de onde saem os
Àbíkú, segundo os mitos
elas vivem em uma floresta.
Temos de outro lado os Eré
crianças que atuam junto, através
dos Orixá (Òrìṣà), que
também não estão no órun (Ọ̀run) porque preservam o seu aspecto
infantil, memória da vida recente e que também, por seus relatos,
vivem juntas em grupo, em uma
floresta. E
mais, ambos os grupos atuam no Àiyé, podendo
interferir diretamente
na nossa vida
no Àiyé.
O grupo
dos Eré
O Eré
não são uma unanimidade em todas as casas em relação à sua
atividade, tem casas cujo responsável não gosta deles e eles não
se manifestam longamente, mas é impossível ter Orixá (Òrìṣà)
sem Eré. Eu
não tenho como dizer qualquer coisa sobre como é esse processo no
grupo religioso do Jeje, mas creio que também existem. Nos candomblé
do grupo religioso Yorùbá, sua existência é de entendimento
pacífico.
Tem casas que os aceitam
abertamente fazem assentamentos, Igbá,
como os de Orixá (Òrìṣà), são parte do culto, são
reverenciados, participam do dia a dia do terreiro e são alimentados
de duas maneiras, comem comida real quando incorporados e recebem
oferendas. As oferendas são
aplicáveis aos Eré,
mas não existe o menor sentido em monta um Igbá. Isso
é um erro teológico e litúrgico.
O Eré
vem com o Orixá (Òrìṣà) mas, não é um espírito do órun
(Ọ̀run). Duas
ou três características marcam bem a diferença. Os Eré
se comunicam abertamente, falam pelos cotovelos e tem um domínio
completo da incorporação no Elegùn,
muito superior à do Orixá (Òrìṣà). Os Eré,
enquanto incorporados, comem quantidades, as vezes, absurdas de
comida, comem qualquer tipo de comida, inclusive carne, mas, não são
chegados a doces, preferem frutas. Podem ficar muitas horas
incorporados no Elegùn
e assumem até tarefas comuns. No meu período
de Candomblé os Eré
além de brincarem com as pessoas, darem
“consultas”, podiam
lavar e arrumar coisas, faziam tarefas bem comuns.
Quando falavam com as pessoas
eles davam
informações, contavam coisas da vida delas como se fossem guias de
Umbanda. O nível de informação de um Eré
sobre uma pessoa era muito grande. Eles falavam do passado e falavam
da vida cotidiana da pessoa, contando coisas recentes que tinham
visto a pessoa fazer. Mostravam claramente que estavam presentes no
Àiyé junto às pessoas.
Tinha muita gente que fazia
questão de procurar os Eré
para conversar, para saber coisas, como se fossem “consultas”.
Mas, os Eré nem
sempre estavam dispostos a falar, eles regulavam as informações que
davam e para quem falavam, mas, eram terríveis, porque falavam
coisas, as vezes, que deixavam, as pessoas envergonhadas, Eré
não tinha muito controle, ele falava o que queria.
As pessoas pediam coisas para os
Eré, pediam
interferência deles em assuntos delas e, se tinha uma coisa certa de
ocorrer, era pedir algo a um Eré,
se eles estivesse disposto a
fazer e ajudar.
O nível de controle sobre a
incorporação, o fato deles terem
falecidos crianças e terem memória sobre isso e o alto nível de
consciência sobre o que ocorre no Àiyé, com capacidade de
interferir, coloca esse grupo de espíritos, evidentemente, como
sendo localizados no Ìrònà,
não poderiam ser espíritos do órun (Ọ̀run), senão teriam a
mesma dificuldade dos Orixá (Òrìṣà) para estarem presentes do
Àiyé.
Uma característica importante de
um Eré é o fato de
eles virem junto com Orixá (Òrìṣà). O
Eré além do domínio
sobre o que ocorre no Àiyé se comporta exatamente como um
mensageiro do Orixá (Òrìṣà). Através do Eré
podemos saber o que o Orixá (Òrìṣà) quer que façamos ou não
façamos e eles falam com a gente em nome do Orixá (Òrìṣà) como
se fosse o próprio, lembrando que Orixá (Òrìṣà), no Candomblé
yorùbá (ketu) não fala com ninguém. Assim os Eré
são a forma de nos comunicarmos com eles de forma direta, sem a
necessidade de um oráculo.
Os
Eré demonstravam
muito respeito na sua relação com os Orixá (Òrìṣà) que
representam. Pelas palavras
dos Eré e da forma
como eles falam sobre esta relação, não restava a menor dúvida a
qualquer pessoa de que, os
Orixá (Òrìṣà) existem como divindade e são
divindades diferentes dos
Eré, não são a
mesma coisa. Eles
não deixam a menor dúvida que estão ali representando um Orixá
(Òrìṣà) e que este Orixá (Òrìṣà) é quem comanda o que
eles podem fazer ou não e podem falar ou não. Lidei
com muitos Eré em
casas diferentes e a forma como eles tratavam e relatavam essa
relação era a mesma. Assim
ou estamos lidando com o mesmo constructo transcendente ou,
tudo,
tinha que ser muito, mas, muito bem combinado, o
que seria impossível.
Essa
ligação Eré-Orixá
(Òrìṣà) é muito importante no entendimento do relevante papel
deles. Os Orixá (Òrìṣà) estão localizados no órun (Ọ̀run)
um outro nível dimensional e distinto do Àiyé. Para a presença
deles no órun (Ọ̀run) e necessária a preparação de uma pessoa
para os receberem, o Elegùn.
Essa pessoa é necessária devido à necessidade de atuação no
Àiyé, de trazerem axé
(àṣẹ) e de
manipularem essa energia. Para a interferência na dimensão Àiyé é
necessário estar presente no Àiyé.
Este também é um entendimento pacificado, se os Orixá (Òrìṣà)
não precisassem dos Elegùn para atuarem, primeiro teríamos
que mudar o mito da separação do órun (Ọ̀run) e do Àiyé. Em
segundo teríamos que mudar todo o Candomblé e demais tradições
afro-brasileiras que são baseadas na preparação de um Elegùn
para ser a extremidade da ponte entre o órun (Ọ̀run) e o Àiyé
que receberá o Orixá (Òrìṣà).
A nossa vinda, como pessoa humana, ao Àiyé se realiza através
do útero feminino, o grande repositório de axé (àṣẹ) e
um dos símbolos máximos a mais respeitados da religião. É através
do útero que o nosso corpo físico é construído e com esse corpo
físico podemos nos materializar no Àiyé. É no útero, com a
matéria formada pelos elementos do Àiyé, desta dimensão física e
energética que nosso espírito deixa o órun (Ọ̀run) e se integra
ao corpo o Ara.
A passagem órun (Ọ̀run) Àiyé não é apenas um estalar de
dedos, poderia ser assim simples, mas, não é, temos que surgir no
Àiyé em forma natural para poder ter os poderes dos Orixá (Òrìṣà),
os poderes de deus e interferir através da magia, do axé (àṣẹ).
Não estou falando novidades, já tratei disso antes, mas essa
revisão aqui é necessária.
A este corpo físico se conecta o
corpo místico, nossa alma e espírito e junto a eles temos o axé
(àṣẹ) de Olódùmarè,
a centelha fundamental de vida. Temos nosso Orí e com esse conjunto,
temos a estrutura supernatural que cerca nossa existência material.
Dentro desse corpo místico que chamamos de Orí está a ligação
com o nosso Orixá (Òrìṣà) e é isso o outro lado da ponte
dimensional. De um lado temos o Orixá (Òrìṣà) no órun (Ọ̀run)
e do outro nós, com sua essência e o axé (àṣẹ) de
Olódùmarè.
As coisas não são por acaso. No
caso de Orixá (Òrìṣà), uma divindade, a estrutura é bem
complexa. Cada Elegùn (médium), como explicado pela
teologia, nasce com a essência do seu Orixá (Òrìṣà). A
religião diz que a gente vem para o mundo, o Àiyé, com vários
elementos místicos. O nome Orí, para muitos, resume isso tudo, mas,
não podemos deixar de entender, também, as partes. Mais a frente
vou tratar de Orí. Aqui, nesse momento temos que lembrar que o Orixá
(Òrìṣà) é uma ligação especial de todos nós e esse tipo de
estrutura e ligação é muito diferente da estrutura dos médiuns
que trabalham com incorporação na Umbanda.
O trabalho de incorporação com
Orixá (Òrìṣà) e com guias de Umbanda são muito diferentes,
isso é relatado pelos próprios médiuns.
Essa energia mística que temos é como uma semente de mostarda,
ínfima e isso vai desabrochar de forma natural ou não, permitindo
termos ativa a outra cabeceira da ponte que liga o órun (Ọ̀run) e
o Àiyé. Potencialmente todos temos isso mas precisamos que esse
corpo místico floresça para que ele seja uma cabeceira firma e
possibilite a conexão com o Orixá (Òrìṣà).
Para florescer isso podemos ter 2 processos. O primeiro é o
natural, as pessoas podem desenvolver isso, naturalmente, e
desbrochar essa conexão. O segundo são as iniciações um processo
místico e supernatural que faz com que a nossa semente de mostarda
se desenvolva permitindo a conexão com o Orixá (Òrìṣà).
Muitas pessoas com o passar do tempo, frequentando terreiros,
participando de Xirês e liturgias conseguem com que essa semente de
mostarda se desenvolva e assim permitem a presença dos Orixá
(Òrìṣà) através delas, se tornam Elegùn. Sim não
existe o mito de que somente a iniciação pode possibilitar a
incorporação, esse é um dogma tolo e idiota, que não se confirma
através do dia a dia. Sabemos que diversas pessoas desenvolvem essa
conexão sem terem feito a iniciação. Apesar de ser repetido que
para receber Orixá (Òrìṣà) você tem que se iniciar e que não
se trabalha com Orixá (Òrìṣà) sem iniciação, a vida real não
é assim. Não podemos ter um dogma que não se sustenta, seria
apenas uma mentira.
A iniciação é um processo de magia supernatural que acelera o
processo de preparação do Elegùn e o coloca pleno. A
semente de mostarda cresce e vira uma árvore através da magia e de
nossa interferência litúrgica. Mas a mesma magia pode atuar de
forma branda e gradual na pessoa e permitir que essa semente de
mostarda se desenvolva por si mesma. É isso que a gente vê na
prática.
Lembro a todos que o deus católico, quando quis interferir na
humanidade ele não fez um estalar dos dedos e todo mundo mudou a
forma de pensar e agir. Ele se manifestou através de Jesus. Jesus
nasceu homem, ungido pelo espírito santo, com os poderes de deus,
mas com nossa humanidade e, essa forma teândrica, foi a que permitiu
deus mudar todo o rumo da humanidade, gradualmente e lentamente.
Esse processo teândrico, de Jesus, é o mesmo que os Elegùn
passam. As dificuldades são as mesmas, os Orixá (Òrìṣà) estão
para os Elegùn assim como deus estava para jesus, isso pode
parecer arrogante, mas, só para os católicos, para nós o que
interessa é entender o processo e esse é o mesmo.
Mas, até o momento, temos as 2 cabeceiras desta ponte. De um lado
demos o Elegùn, já preparado e de outo, o Orixá (Òrìṣà),
um no Àiyé e o outro no órun (Ọ̀run). Precisamos agora da
ligação, a via que liga uma cabeceira a outra. Essa via é o papel
dos Eré, são
eles que pavimentam essa via. Como
são espíritos que estão no meio do caminho, são espíritos, mas,
estão no Ìrònà e
desta maneira se movimentam pelo Àiyé, os Orixá (Òrìṣà) usam
os Eré para se
manifestarem no Àiyé. É, literalmente, através dos Eré
que a energia, que o espírito dos Orixá (Òrìṣà) encontra o
caminho, a via para surgir no Àiyé estando eles no órun (Ọ̀run).
É por essa razão que o Eré
faz parte do transe do Orixá (Òrìṣà) no Elegùn.
O Eré não é a manifestação infantil do Òrìṣà (Orixá
(Òrìṣà)) como era dito no Candomblé, buscando-se, através
disso, uma explicação simples para uma situação complexa. O Eré
é uma manifestação infantil, sempre, mas é o transporte do Orixá
(Òrìṣà) para o Àiyé.
Nas casas que permitem os Eré,
este fica no Elegùn depois que o Orixá (Òrìṣà) vai
embora. O Orixá (Òrìṣà) se desconecta deixando então apenas o
Eré.
As pessoas que, no
Candomblé, que lidam com os Orixá (Òrìṣà) e participam
do processo de iniciação sabem que a presença do Eré
é uma constante. O Eré
está lá antes e depois, não se faz nada com Orixá (Òrìṣà)
sem a presença do Eré.
Tenho até uma história bem
curiosa, em uma casa estava sendo feita a saída de Orixá (Òrìṣà)
de um Elegùn, a
festa final, do nome e desta
maneira no roncó o Eré
estava o tempo todo lá esperando
sua hora de sair no salão.
Para variar as pessoas de
Candomblé não tem muito compromisso com hora, eles acham que todo
mundo está lá para esperar mesmo. Em
determinado momento o Babalorixá (Bàbálórìṣà) entrou
no Roncó e encontrou
determinada situação, surpreendendo
o Eré, no roncó,
fazendo uma coisa que não podia ou devia, ele, imediatamente,
brigou com o Eré e
esse, assustado,
sumiu. Contudo, quando a pessoa foi fazer a saída, as
pessoas chamavam o Orixá
(Òrìṣà) para tomar conta
do Elegùn e assim
poder fazer a saída no salão, como manda a tradição, e este não
vinha de jeito nenhum, eles não sabiam mais o que fazer. O
Babalorixá (Bàbálórìṣà) teve então que levar o Elegùn
para o roncó e chamar, com
muito custo, o Eré
lá para
desfazer a confusão e se desculpar. Só depois disso a cerimônia
pode continuar, com o Orixá
(Òrìṣà) tomando o
Elegùn. Desta
forma, sem Eré não
tem Orixá (Òrìṣà).
Eu
não represento religião Jeje e tenho um conhecimento prático bem
restrito, de modo que nunca me coloco para falar sobre esta religião
e suas tradições religiosas no Brasil. Contudo conheço a figura do
“maluco” e a semana do “sujo”. O Bàbáláwo
Valney Ogbè Otuwà,
que tem origem no Jeje, confirmou esse processo e sua similaridade
com o caso do Eré. No
jeje antecedendo o processo de feitura de Vodun, existe o
aparecimento do maluco, que nada mais é que uma criança, um Eré,
que incorpora no elégùn
e passa uma semana ness processo. Certamente
(minha ilação) um membro do
egbé (Ẹgbẹ́) órun
(Ọ̀run). O maluco passa o que se chama a semana do “sujo” que
termina com o Grá e o encontro com a Doné, uma encenação
típica africana, como um festival. A criança é o precursor do
Vodun, ele vem antes e através dele é que o Vodun se manifestará
em frente a Doné. Desta maneira mesmo no Jeje temos a mesma figura.
Tem gente que não entende essa
construção de Orixá
(Òrìṣà) e as liturgias
que diz que o Orixá (Òrìṣà) é uma energia muito grande e não
poderia se manifestar em ninguém. Essas pessoas falam isso para
negar essa incorporação de Orixá (Òrìṣà). Aqui no Brasil tem
dois grupos que repetem essa ladainha. O primeiro é o dos
umbandistas. Para eles o Orixá (Òrìṣà) é um caboclo e não um
Orixá (Òrìṣà), pela razão que acabei de falar. Claro, eles não
entendem nada de Orixá (Òrìṣà). Eles não sabem o que é um
Òrìṣà (Orixá (Òrìṣà)), como é um Orixá (Òrìṣà) e
ainda devem achar que os Orixá (Òrìṣà) são os elementos da
natureza. O outro grupo que ouvi repetindo isso são os cubanos, da
santeria. A razão dos cubanos é a mesma dos Umbandistas, aliás a
Santeria é tipo uma Umbanda mesmo.
Se esse pessoal entendesse Orixá
(Òrìṣà) eles não falavam essas besteiras.
Dessa maneira fica entendido o
papel dos Eré no
culto de Orixá (Òrìṣà), através de minhas explicações.
Alerto que isso o que falei é baseado em experiência, foram as
situações que convivi no Candomblé que me levaram a estabelecer
esse modelo dos Eré.
Não sei se todo mundo pensa assim, eu penso e junto experiência e
teologia, isso que descrevi e analisei faz todo o sentido para mim.
Faça sua avaliação.
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