A onda de iniciações para Iyami
A aproximação de sacerdotes com o culto das ajés
O Candomblé em um momento que é aceito de forma mais ampla pela sociedade, saindo do gueto étnico para o âmbito da sociedade civil, mostra que lida muito mal com questões importantes para a sua afirmação como uma opção de religião.
Sim, o Candomblé é uma religião, autônoma e sem nenhum laço com esta péssima raiz abraamica que gerou apenas tradições religiosas ruins, como a cristã, o islã e o judaismo. Todas a seu tempo mostraram condutas inadequadas para a história da humanidade, pouco contribuindo para a formação de uma população melhor. E ainda podemos esperar mais do estoque inesgotável de péssimos exemplos que esta raiz gerou até hoje, principalmente vindo das correntes pentecostais e neo-pentecostais que parecem deter no momento o saco de maldades que sempre esteve na mão dessas tradições.
O Candomblé não parece demonstrar nenhuma aptidão para ser uma religião mundial, talvez daqui a uns 200 anos, mas, neste momento, em que deixa de ser uma frente étnica, ele se comporta muito mal nas lições mais básicas para ser uma opção religiosa viável para pessoas comuns. Eu vou voltar a este tema com mais abrangência, mas neste momento, pontualmente vou me focar na questão das iniciações para Iyami que se alastram no meio dos seus seguidores.
Ajé representa a força do mal teológico na religião e não existe o menor sentido em pessoas iniciadas para Orixá, a força do bem que protege a humanidade se interessarem em se iniciar para este tipo de culto ou espírito.
O que é o mal teológico? É o elemento de desequilíbrio que parte de deus, ele não é o malefício provocado entre as pessoas, é o mal que tem origem em divindades ou espíritos e para o qual a religião dá um sentido religioso, uma razão teológica.
Ajé representa isso, quem quiser entender Ajé procurar ler o artigo de Verger sobre o tema, que até hoje é a melhor referência sobre o tema.
O papel de ajé de trazer o desequilíbrio e também ser o instrumento de punição às pessoas, na maior parte ou totalidade das vezes provocadas umas entre as outras, assim ajé é um elemento de malefício.
Existem aproveitadores e enganadores que dizem que Ajé representam as "grandes mães" e devem ser cultuadas e respeitadas. Isso é uma bobagem, é uma ignorância ou uma estupidez, uma deturpação intencional da teologia,
Como esta no Odù Ofun Meji, Odù, uma mulher, recebeu o poder supremo de Olodumare e veio a mundo com a intenção de punir a todos. Inventou condições absurdas que sempre davam razão para ela ser punitiva até ser detida por Oxala junto com Orunmila.
Ajé esta sempre encolerizada, como esta descrito em Ogbe Ogunda e Osa Meji.
Existe nesta religião o conceito do poder feminino que se junta ao poder masculino para realizar as coisas boas. Nem um poder sozinho produz nada, isso também esta documentado em Oxé Otuwa.
Ajé não é o poder feminino, o poder feminino é Odù. Ajé é a manifestação vil e descontrolada desse poder, é justamente o que todos devem evitar.
Eu não preciso fazer afirmações vazias. Nos versos de Ifá são dezenas os exemplos de que sempre o mal está associado ao uso de Ajé, que em sua reunião noturna decidem a quem atacar, desde que existe motivo para isso.A atitude delas é punitiva, sempre, não existe manifestação de ajé pelo bem de ninguém.
Todos esses versos estão explicados nesse blog em textos distintos, mas está nos meus planos produzir um texto consolidado sobre ajé.
O que eu digo é o que leio em Ifá, eu não invento teologia, Ajé vem para o equilíbrio, é o equilíbrio que destroi. Não confundir o poder feminino fundamental que vem através de Oxun, Iya Nla ou Odù.
O que é o mal teológico? É o elemento de desequilíbrio que parte de deus, ele não é o malefício provocado entre as pessoas, é o mal que tem origem em divindades ou espíritos e para o qual a religião dá um sentido religioso, uma razão teológica.
Ajé representa isso, quem quiser entender Ajé procurar ler o artigo de Verger sobre o tema, que até hoje é a melhor referência sobre o tema.
O papel de ajé de trazer o desequilíbrio e também ser o instrumento de punição às pessoas, na maior parte ou totalidade das vezes provocadas umas entre as outras, assim ajé é um elemento de malefício.
Existem aproveitadores e enganadores que dizem que Ajé representam as "grandes mães" e devem ser cultuadas e respeitadas. Isso é uma bobagem, é uma ignorância ou uma estupidez, uma deturpação intencional da teologia,
Como esta no Odù Ofun Meji, Odù, uma mulher, recebeu o poder supremo de Olodumare e veio a mundo com a intenção de punir a todos. Inventou condições absurdas que sempre davam razão para ela ser punitiva até ser detida por Oxala junto com Orunmila.
Ajé esta sempre encolerizada, como esta descrito em Ogbe Ogunda e Osa Meji.
Existe nesta religião o conceito do poder feminino que se junta ao poder masculino para realizar as coisas boas. Nem um poder sozinho produz nada, isso também esta documentado em Oxé Otuwa.
Ajé não é o poder feminino, o poder feminino é Odù. Ajé é a manifestação vil e descontrolada desse poder, é justamente o que todos devem evitar.
Eu não preciso fazer afirmações vazias. Nos versos de Ifá são dezenas os exemplos de que sempre o mal está associado ao uso de Ajé, que em sua reunião noturna decidem a quem atacar, desde que existe motivo para isso.A atitude delas é punitiva, sempre, não existe manifestação de ajé pelo bem de ninguém.
Todos esses versos estão explicados nesse blog em textos distintos, mas está nos meus planos produzir um texto consolidado sobre ajé.
O que eu digo é o que leio em Ifá, eu não invento teologia, Ajé vem para o equilíbrio, é o equilíbrio que destroi. Não confundir o poder feminino fundamental que vem através de Oxun, Iya Nla ou Odù.
Não é Exu que representa o mal nesta religião. Exu é um Orixá e desta maneira é e sempre será uma força do bem. Ajé esta no lado do mal ou de fazer o mal. Em nenhum verso de Ifá existe qualquer associação com Ajé buscando promover o bem, é continuamente a luta contra elas.
E também não existe em Ifá nenhum movimento que se faça para se alinhar com ajé ou usá-las para qualquer coisa, a única coisa que tem nos milhares de versos de Ifá é combater o mal que vem de Ajé e aplacar sua ira.
Ifá nos ensina a proteger de ajé, salvar de ajé e aplacar sua ira. Não tem em Ifá receita para usar ajé para fazer nada.
Para eu aceitar que pessoas que querem promover o bem da sociedade ou da própria pessoa inicie alguém para o culto de ajé ou mesmo faça assentamentos para ajé eu teria que jogar todos os versos de Ifá fora e escrever novos.
E também não existe em Ifá nenhum movimento que se faça para se alinhar com ajé ou usá-las para qualquer coisa, a única coisa que tem nos milhares de versos de Ifá é combater o mal que vem de Ajé e aplacar sua ira.
Ifá nos ensina a proteger de ajé, salvar de ajé e aplacar sua ira. Não tem em Ifá receita para usar ajé para fazer nada.
Para eu aceitar que pessoas que querem promover o bem da sociedade ou da própria pessoa inicie alguém para o culto de ajé ou mesmo faça assentamentos para ajé eu teria que jogar todos os versos de Ifá fora e escrever novos.
Apesar de Exu ser classificado como um Orixá, ele esta acima disso, ou melhor, é distinto dos demais Orixás. Orixás são as divindades protetoras da humanidade, eles existem para que nossa vida aqui na terra seja usufruída com mais prazer e felicidade. Eles são o braço de Olodumare, a figura do deus supremo Yoruba, que não é oniscente ou onipresente, e que se faz presente aqui na nossa vida através dos seus ministros, os Orixás e outras divindades.
Exu é a divindade que transporta o axé, a energia vital que emana de Olodumare. É a única divindade que transita entre o Órun ( o espaço espiritual ) e o Aiye ( espaço físico, a terra ) e, também, a única divindade que tem acesso direto a Olodumare. Nenhuma outra divindade tem este acesso. Exu é o policial de Olodumare, aquele que faz com que as regras do mundo sejam cumpridas e que as ações erradas tenham consequências ruins. Ele não faz o mal e não toma partido de ninguém. Ele é neutro. Ele apenas faz com que o certo seja recompensado e o errado seja punido, ou melhor, que a conduta errada traga o resultado que seja merecedora.
Na cosmogonia Yoruba, os Orixás são assim a força do bem, sempre. São a manifestação do amor às pessoas e à vida. Sempre querem o bem das pessoas. Exu é a força neutra que também transporta o axé.
Neste modelo, que não vou detalhar aqui, o mal é representado pelos Ajogun. Este é o mal absoluto. Os ajogun são a infelicidade, a doença, a perda, a paralisia, a briga, etc... Ajé é também uma força do mal e do equilíbrio. No que pese ela eventualmente poder fazer o bem ou o mal, porque ela é completamente aética. Os Orixás são completamente éticos, deles sempre se vai obter o bem. De ajé, em função de quem as invoca pode-se esperar qualquer coisa, mas, o seu princípio é de ser a fonte de força do mal dos ajogun.
Todos os versos de Odù que já li sempre indicaram Ajé com uma atuação negativa.
Foi Verger que destacou no seu esplêndido trabalho sobre o culto de Iyami Oxorongá (aliás o melhor trabalho já publicado sobre o tema e único atualmente que presta), as ajé perecem ser a força de equilíbrio, que pune com negatividade e perda os que se comportam mal e toma daqueles que estejam com muita positividade ou prosperidade.
Tem gente que acha que essa é uma religião sem ética, o antropólogo Reginaldo Prandi já escreveu isso no sei livro os Candomblé de São Paulo, Não só escreveu como ilustrou com entrevistas. Mas, apesar disso ele está errado, essa não é uma religião sem ética, pelo contrário.
Ajé representa isso. Não só nós temos que dar conta de nossa vida a Olodumare quando morremos como, também, em vida, temos que enfrentar os seus instrumentos punitivos e Ajé é um desses instrumentos punitivos.
Foi Verger que destacou no seu esplêndido trabalho sobre o culto de Iyami Oxorongá (aliás o melhor trabalho já publicado sobre o tema e único atualmente que presta), as ajé perecem ser a força de equilíbrio, que pune com negatividade e perda os que se comportam mal e toma daqueles que estejam com muita positividade ou prosperidade.
Tem gente que acha que essa é uma religião sem ética, o antropólogo Reginaldo Prandi já escreveu isso no sei livro os Candomblé de São Paulo, Não só escreveu como ilustrou com entrevistas. Mas, apesar disso ele está errado, essa não é uma religião sem ética, pelo contrário.
Ajé representa isso. Não só nós temos que dar conta de nossa vida a Olodumare quando morremos como, também, em vida, temos que enfrentar os seus instrumentos punitivos e Ajé é um desses instrumentos punitivos.
Não interessa aqui entrar no mérito de por que a ira de Ajé foi despertada para uma pessoa, o que importa é que elas são a fonte e o agente do mal, seja emanado por seus erros seja ele demandado por outra pessoa.
Os versos são claros ao mostrar a atuação destrutiva de Ajé que a fazem baseado em uma justificativa. Esta justificativa é algo que entre elas mesmos elas decidem. Em Ifá consideramos isso o tempo todo e continuamente trabalhamos para aplacar sua ira.
Entendo na prática desta maneira, você tem que trabalhar para acalmar e aplacar, ninguém errar ser punido por ajé e as liturgias se baseiam nisso.
Os versos são claros ao mostrar a atuação destrutiva de Ajé que a fazem baseado em uma justificativa. Esta justificativa é algo que entre elas mesmos elas decidem. Em Ifá consideramos isso o tempo todo e continuamente trabalhamos para aplacar sua ira.
Entendo na prática desta maneira, você tem que trabalhar para acalmar e aplacar, ninguém errar ser punido por ajé e as liturgias se baseiam nisso.
Mas, atenção, nem todo o mal tem como fonte as ajé. Existem muitos espiritos ruins neste mundo. Ajé é um tipo específico e em Ifá identificamos quando isso ocorre de forma distinta de espíritos de Umbanda ou dos espíritos perdidos.
O mundo tem todo o tipo de pessoa e sempre teve aquelas que procuram obter coisas em detrimento de outras através do malefício, assim como sempre teve as pessoas que se dispõe a fazer isso para essas pessoas. São apenas bruxos e bruxas. Gente sem caráter e ética.
O que se faz na religião Yoruba é entender essas forças como parte da sua cosmogonia. Uma vez identificado esse tipo de ação ou causa raiz um sacerdote tem que trabalhar para apaziguar estas forças negativas de ajé ou dos ajugun. Existem ebós feitos para essa finalidade. Essas forças devem ser apaziguadas para que deixem de atuar sobre a pessoa que sofre as consequências.
No culto de Ifá isso é bem entendido porque os versos de Odù são uma fonte segura de aprendizado e entendimento desta estrutura metafísica.
Pessoas ligadas ao culto de Orixá que tenham sido iniciadas para um Orixá não podem pensar em ter qualquer tipo de relação com ajés e com o seu culto. O culto de Orixás, o Candomblé, é um culto do bem, para o bem das pessoas. Uma pessoa que tenha entrado para este culto jamais pode pensar em se ligar a um culto de ajé. É como virar as costas para o Orixá e se voltar para o lado negro da espiritualidade.
Assim, eu fico estarrecido quando vejo pessoas que se dizem de Orixá se ligando a este tipo de culto. É de impressionar ver gente que se diz sacerdote de Orixá anunciando que faz iniciações para ajé. Como pode uma Iyalorixá, um babalorixá um egbon e uma ekeji se envolverem com este tipo de coisa?
O que me vem como explicação é apenas uma coisa: ignorância. Gente estúpida que não sabe nada sobre a religião que adotou. Muitas pessoas inclusive chamam de "iyamim" ou seja nem sabem falar direito o nome. Este tipo de gente é o mesmo que depois vira evangélico e fica dando depoimento idiota de sua vida medíocre.
Essas pessoas ficam ainda tentando associar isto com algo bom. Não se enganem, não é, não caiam nisso. Ou elas são ignorantes (não sabem o que deveriam saber) ou são mal intencionadas.
Não existe motivo para uma pessoa que pertença a religião dos Orixás de se envolver com ajé. O culto da força feminina é representado por Oxun em todos os seus aspectos. O Candomblé contempla ritual específico para ajé antes dos sacrifícios, mas de uma forma muito contida e isso não é dominado por todas as casas ou nações. O sentido é o que eu digo, o de apaziguar.
Em Ifá idem, avaliamos se algo temos que oferecer para apaziguar e afastar esses espíritos se vamos fazer algo.
O que vou falar a seguir não está em versos de Ifá faz parte de uma análise mais ampla da sociedade e religião Yoruba.
"O equilíbrio do poder masculino-feminino na sociedade fica evidente quando analisamos a estrutura dos cultos de Ògbóni e Geledé (Gẹ̀lẹ̀dẹ́).
Ẹdan é o símbolo máximo da sociedade e representa uma figura masculina e uma feminina unidas por uma corrente.
Ilé (Ilẹ̀) a terra, deve trazer paz, felicidade, estabilidade social e sobrevivência, é a terra que dá poder a Ògbóni mas também alimenta ajé (Àjẹ́) que é a ira de Ilé (Ilẹ̀).
As sociedades Ògbóni e Geledé (Gẹ̀lẹ̀dẹ́) estão unidas no seu aspecto social, muito mais do que uma estrutura religiosa é uma estrutura da sociedade yorùbá e por esta razão não foram transportadas pela diáspora. O seu significado é a busca de equilíbrio e pacificação do espírito feminino representado por Ilé (Ilẹ̀).
Mesmo nas sociedades masculinas de Eégún e Orò a mulher tem cargos.
Observe que Eégún é o culto festivo e alegre e Orò representa sempre o poder sombrio de Eégún, Orò é a manifestação de Eégún no seu aspecto punitivo para a sociedade. É Orò que executas as mulheres feiticeiras, ajé (Àjẹ́) que usam seu poder para o malefício.
Ilé (Ilẹ̀), a grande mãe Ògbóni em seu aspecto sombrio, se transforma em Ọ̀gẹ́rẹ́, a manifestação irascível e vitimizadora, que traz morte a seus filhos. Esta é a visão ambivalente da sociedade frente a terra. Ela mostra o potencial explosivo da relação homem-mulher em uma sociedade masculina e a necessidade de exercer a diplomacia.
Geledé (Gẹ̀lẹ̀dẹ́) surge da visão Ògbóni de omón iya (Ọmọ ìyá), os filhos da mesma mãe e tem o objetivo de sensibilizar a mãe natureza Ìyá Nlá aos problemas dos filhos e da sua responsabilidade maternal.
O objetivo é fazer os membros da comunidade a amarem e interagirem um com o outro como filhos da mesma mãe. A manifestação de Geledé (Gẹ̀lẹ̀dẹ́) através do seu festival é feita para pedir saúde, vida longa, prosperidade, muitos filhos, evitar doenças, mortalidade infantil e evitar desastres. O objetivo do culto que pode ser através de uma grande festival ou de eventos menores e até mesmo para apenas uma família, tem a finalidade de promover a paz e o bem estar social. Pessoas de todos os cultos de orixá (Òrìṣà) participam.
Os cultos de Ògbóni e Geledé (Gẹ̀lẹ̀dẹ́) são assim mais uma manifestação do equilíbrio dos poderes masculino e feminino.
Muitos aqui se questionam porque as pessoas dos cultos de orixá (Òrìṣà) e demais segmentos desta religião não são unidas. A razão é que trouxeram apenas o culto de divindades e não o entendimento de equilíbrio da sociedade integrado coma religião.
Ninguém entende aqui o que é ajé (Àjẹ́) porque para entende ajé (Àjẹ́) tem que se compreender uma dimensão muito maior de sua atuação. Não se trata apenas de feiticeiras e sim do poder feminino no equilíbrio do mundo.
A feitiçaria em sí, o malefício é combatido pela sociedade.
Para finalizar isso eu digo que não existe sentido no culto de Ifá na presença da mulher. Essa posição de mulher sacerdote é uma violação do princípio básico de equilíbrio da religião. A Órunmila (Ọ̀rúnmìlà) foi dado o poder do oráculo e à sua união com Odù foi trazido o poder feminino."
Para ter acesso a este texto completo veja o texto em:
O poder feminino em Ifá
Ou em
O engodo das Iyanifa
Assim se você por acaso ouvir falar nisso, iniciações para ajé, assentamentos para Iyami, saiba que isso é uma coisa ruim. Não faz parte da religião dos Orixá. Pode fazer sim parte de pessoas que cultuem isso, essa energia do mal. Certamente este tipo de pessoa sempre existiu e sempre vai existir, assim como existem as pessoas que delas querem se utilizar.
Ajé é a manifestação negativa e punitiva, é combatida por Oro.O culto de Gélédé não visa cultuar Ajé, visa buscar o aspecto positivo de Iya Nla ou de Ilé a terra que é o aspecto positivo da mulher.
Eu posso estar me precipitando no julgamento, mas, das duas uma, você pode estar sendo enganado e recebendo um PLACEBO, ou se envolvendo em uma coisa ruim. Sempre acho que é mais fácil o primeiro.
Ajé é a manifestação negativa e punitiva, é combatida por Oro.O culto de Gélédé não visa cultuar Ajé, visa buscar o aspecto positivo de Iya Nla ou de Ilé a terra que é o aspecto positivo da mulher.
Eu posso estar me precipitando no julgamento, mas, das duas uma, você pode estar sendo enganado e recebendo um PLACEBO, ou se envolvendo em uma coisa ruim. Sempre acho que é mais fácil o primeiro.
O culto de Orixá é uma religião somente do bem e para o bem das pessoas.
Lembro que também não fazem parte da religião pessoas que se declaram babalorixá e iyalorixá e que abrem suas portas para a rua atendendo consultas com exus e pombo-giras. Essas pessoas são Umbandistas e não Candomblecistas. As pessoas que também abrem suas portas para rua atendendo pedidos de feitiços, demandas, amarrações são apenas feiticeiros, são lobos que colocam a pelo do cordeiro, fingindo que são sacerdotes de uma religião. Gente que suja a mão com feitiço em um dia, no outro não serve para servir a um Orixá.
Se você ouvir falar de uma casa que se diga de Candomblé, atendendo a rua de porta aberta e onde você pode pedir o que precisa, qualquer tipo de feitiço sem se importar com ética, não se engane, isso não é uma casa de Candomblé. O Candomblé não é uma religião sem ética feita por pessoas de comportamento libertino. Você esta conhecendo apenas um beco, um covil de gente ruim.
Observe se essas pessoas terão uma vida longa.
Por fim, eu lamento muito que pessoas iniciadas para Orixá se envolvam com Ajé. É a falência desta pessoa como filho de Orixá. O Candomblé perde muito por disseminar a ignorância e não o conhecimento. Infelizmente as pessoas do Candomblé não sabem a diferença entre Ajé e Gélédé. Este é um dos conhecimentos que não fez parte da formação do Candomblé e que foi introduzido tardiamente de uma forma torta.
Se você ouvir falar de uma casa que se diga de Candomblé, atendendo a rua de porta aberta e onde você pode pedir o que precisa, qualquer tipo de feitiço sem se importar com ética, não se engane, isso não é uma casa de Candomblé. O Candomblé não é uma religião sem ética feita por pessoas de comportamento libertino. Você esta conhecendo apenas um beco, um covil de gente ruim.
Observe se essas pessoas terão uma vida longa.
Por fim, eu lamento muito que pessoas iniciadas para Orixá se envolvam com Ajé. É a falência desta pessoa como filho de Orixá. O Candomblé perde muito por disseminar a ignorância e não o conhecimento. Infelizmente as pessoas do Candomblé não sabem a diferença entre Ajé e Gélédé. Este é um dos conhecimentos que não fez parte da formação do Candomblé e que foi introduzido tardiamente de uma forma torta.
"Lembro que também não fazem parte da religião pessoas que se declaram babalorixá e iyalorixá e que abrem suas portas para a rua atendendo consultas com exus e pombo-giras. Essas pessoas são Umbandistas e não Candomblecistas."
ResponderExcluirSomente essa parte eu discordo.
Tinto,
ResponderExcluirGrato pela participação, mas de fato Candomblé não tem Exu, pombo-gira, preto-velho ou qualquer outra coisa. Tem apenas Orixá. Orixá de Candomblé, nunca foi igual ao de Umbanda. A Umbanda tem apenas falangeiros, caboclos que são nomeados como orixá as que não o são. Não são, não foram e nunca serão.
Se a pessoa tem fé na sua religião, se ela tem fé em Orixá, ela não precisa recorrer a exu, pombo-gira ou qualquer assemelhado.
Assim, casa de Candomblé não tem nem exu nem pombo-gira. Estes só em Umbanda e se é acasa é de Umbanda não sera de Candomblé.
São 2 religiões totalmente distinta e dogmaticamente não se misturam. Se estamos tratando de religião casa de Candomblé tem só o que uma casa de Candomblé pode ter.
Uma casa de Umbanda pode ter qualquer coisa, assim, cada um escolhe a religião que quer, mas, da mesma forma como os católicos se incomodam quando sua religião é usada por outros, não tem sentido para quem é Candomblecista de fato e acredita na sua religião, ver alguém se dizer de candomblé e ter Exu e pombo-gira dentro dela.
Hoje em dia, devido a falta de conhecimento sobre a religião Yoruba, eu tenho dúvida se as pessoas não sabem mesmo que essas coisas não existem no Candomblé ou se elas fazem isto de propósito.
Mas isso não vai mudar fato de que quando existe exu e pombo-gira é uma casa de Umbanda.
Marcos, seu texto é interessante, levanta discussões iminentes mas, ao mesmo tempo, parece se encerrar unilateralmente em uma espécie de soberba intelectual.
ResponderExcluirPor exemplo: você fala de "gente estúpida" mas termina o texto citando Gélédé e não diferencia, ao menos superficilamente, este culto das Ajé. Não é assim, de fato, que se trata a desinformação. Creio que se você se propõe a discutir publicamente um assunto delicado como este, não deveria terminar um texto desta forma.
..."Assim se você por acaso ouvir falar nisso, iniciações para ajé, assentamentos para Iyami, saiba que isso é uma coisa ruim". Bem, aqui, eu gostaria de perguntar qual a sua opinião em relação ao templo do Dr. Sikiru Salami, que anualmente não só realiza o festival de Iyami, abertamente, como inicia neófitos neste culto.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirEduardo,
ExcluirGélédé envolve um aspecto cultural bastante denso, com uma junção de religião e sociedade.
É uma cerimônia para trazer união e harmonia e voltada para as forças do bem da religião.
Nos festivais de gélédé, as mulheres pendem filhos e vida para seus filhos.
Gélédé é um festival no qual se pede a proteção contra a atuação de ajé.
Farei um texto sobre isso, bem longo.
Sobre o Sikiru Salami, eu conheço a atuação dele desde o início do século. Conheço a história dele e já me envolvi em diversas discussões com seguidores.
Ele foi sócio do Valter Mercado aqui no Brasil e já mudou bastante a atividade dele.
Tenho um amigo que gosta de lá e até frequenta esse templo.
Não tenho nada de bom para falar sobre isso.
E como disse no meu texto, claramente isso é um erro, se envolver com ajé.
Marcos,
ResponderExcluira primeira vez em que resolvi encarar religião como um compromisso de vida, portanto com respeito e coerência, me deparei com a solidão.Sem preparo, informação ou qualquer coisa que viessse a consolidar de forma oficial meu ingresso na tentativa de buscar o sagrado, o amor e a compreensão, por pura intuição, de cara, percebí o amontoado de equívocos, por parte de umbandista, kardecistas, espiritualista e afins.
Invariavelmente me faziam a fatídica pergunta:Você é filha de qual orixá?
Eu respondia, acho que de todos...eu recebo espíritos, dou passagem para entidades:caboclos, preto-velhos, boiadeiro, marinheiros e toda a falange, não sei de orixá.Não compreendia a tal insitente pergunta.
Fui rechaçada, discriminada e em alguns momentos, por que não dizer, até humilhada, tida como ignorante incorrigível, não entendia nada de Umbanda, uma completa imbecíl.Pelo andar das coisas nada mudou muito.
Me mantive na fé dentro de terreiros, essa é a verdade, pois não concordava, não sabia ao certo o que era orixá mas tinha a absoluta certeza de que pelo menos eu, trabalhava com espíritos, apenas.Depois de um tempo comecei a ler os "Reginaldos, Verges, entre outros" o que me trouxe mais respaldo para minha insatisfação em viver a incongruência desses universos(umbanda X candomblé e o pior, constatar que todos que me cercavam faziam essa mistura, e cada um com o seu samba do criolo doido, cada qual na sua receita e "obrigações" que me atordoavam.Nem vou entrar no mérito das tais "obrigações", dos "buris" e "primeiro, segundo, terceiros santos" e mais um tanto de ofertas que hoje em dia se baseiam a maioria das casa ditas de Umbanda.Não estou aqui desdenhando, desrespeitando ou questionando, apenas deixando claro que nunca entendi tudo isso,dessa forma, não concordei e não fiquei.Fui novamente chamada de louca desinformada pois não existia casa de umbanda, umbanda e de candomblé, apenas candomblé, todas misturavam e aquilo era coisa da minha cabeça.
Ainda hoje sou mal compreendida, por irmãos umbandistas e agora por uma boa parte dos candomblecistas, também concordo, casa que exu/gira e todo o povo que para mim são espíritos(isso não é achar que são inferiores e coisas do gênero,não há parâmetros e nem motivos para esse nível de comparaçãp, são apenas o que são, e se "pessoas" de carne e osso usam esses para justificar os seus desvios e mau caratismo de todos os gêneros, não é por culpa das entidades e sim dos referidos "mediadores")não é casa de Candomblé.
Depois de mais de dez anos, ainda vivo o drama desse "elo perdido", vou chamar assim, para não reafirmar uma expressão que me utilizei para iniciar meu sincero comentário,solidão, pois é muito desconfortante participar dessa opinião, por inúmeros motivos tentam justificar a junção das duas religiões que na minha humilde opinião, reconhecendo minha pouca vivência, são distintas.Apesar das dificuldades eu ainda resisto e insisto, espero ser perdoada por tamanha petulância.
Saudações!
Ruth,
ExcluirComplicada essa história. Eu aqui neste blog manifesto a minha posição e sustento de que casa de Candomblé não tem nem, exu, nem pombo-gira, nem preto velho. Casa de Candomblé tem Orixá. O que você precisa você recorre a eles, ao oráculo, a ebós e ibós, sacrifícios, etc.. O que você precisa você pede a Ori, a orixá e a Esu.
Se demora, aguarde. Se for rápido agradeça.
Esta é a religião.
A esta religião maravilhosa se soma Ifá com a específica missão de ser um oráculo.
Este conjunto tem que bastar.
Eu já escrevi muitos textos sobre essa mistura. Escrevi um em 4 partes e gastei um bom tempo pesquisando a história da umbanda para poder entender onde eles erraram. Ja vi livros muito velhos e conversei com pessoas para entender onde eles perderam o rumo.
Vou continuar escrevendo sobre isso. Não só sobre isso porque vai parecer fixação no tema.
Para ser muito simplista esta mistura pode ser resumida em ignorância. Também em ganancia, enganação, etc... é fruto de gente que não sabe o que faz ou que sabe muito bem o que faz e o que quer com isso.
Infelizmente o Candomblé não ajuda a forma gente com conhecimento.
Em parte eu entendo uma parte da mistura. O que eu posso afirmar para você é que, Orixá esta acima de tudo e esta em todo mundo. Todo mundo pode ser de orixá.
Umbanda é para escolhidos. Algumas pessoas serão bons médiuns e essas poderão, se quiser, passar a vida toda ma Umbanda sem nunca se envolver com Orixá.
Mas também existem pessoas muito específicas, que são de orixá e mesmo se entrarem pela Umbanda o chamado ou a força do Orixá será muito mais forte na vida delas.
Um orixá poderá se manifestar em qualquer lugar, como maior ou menor dificuldade, mas eles estão acima de tudo. Mas uma coisa é a manifestação espontânea outra é você criar um samba do crioulo doido.
Que pena, até agora nenhuma manifestação acerca do meu comentário.
ResponderExcluirEduardo,
ResponderExcluirvamos lá, o Blogger é uma ferramenta bem limitada em vários aspectos e não é fácil saber se foi postado um comentário. Inclusive ele mostra os comentário mas a gente nem consegue chegar na postagem.
O foco do meu texto foi a critica que faço a pessoas do culto de orixá que se envolvem com Ajé. Não foi neste texto que eu abordei a questão ajé e gelede. Pretendo fazer. Esta foi a razão que isso não foi explorado. Este não é um texto de conteúdo, como os muitos que faço em que são baseados em pesquisa, ilação, etc...
Este é um texto de comportamento cotidiano. Como muitos que eu publico, mais curtos, diretos e leves de ler. Eu expresso a minha opinião sobre um assunto. Claro, explico a minha opinião.
Dessa forma, sim considero estupidez numa pessoa de Orixá se meter em um culto de Ajé. A pessoa de Orixá esta em uma religião do bem, fez isso por opção e não porque se envolver com outro culto.
Quanto ao Dr. Sikiru Salami, não sei quem é. Imagino que ele não obrigue as pessoas a entrarem na casa dele de maneira que vai quem quer. Mas, não seria este Dr. um professor que veio para o Brasil e que era muçulmano mas que voltou para Nigéria e depois voltou para o Brasil como Babalawo ou babalorixá (não sei)? Posteriormente não foi ele que se associou com o conhecido Walter Mercado e deu curso de formação de jogo de buzios para os atendentes de telemarketing do mercado atenderem as pessoas por telefone?
Será a mesma pessoa procurando uma nova onde esotérica?
Eu lembro de uma caso com uma pessoa com nome parecido e que gerou um enorme barraco na comunidade Candomblé Ketu no Yahoo grupos com uma das esposas dele. Mas os nomes são parecidos. E sei muito pouco dessas coisas de São Paulo.
Contudo, como eu disse, não tenho posição sobre iniciativas que ocorrem por ai, não tenho qualquer interesse em qualificar ninguém, muito menos o que eu escrevo é endereçado a qualquer pessoa ou situação. O mundo é bem complexo.
O meu foco é o caso que eu descrevi, pessoas do culto de Orixá, iniciados ou mesmo com oye e que se envolvem em um culto cuja posição na cosmogonia é antagônica ao culto em que estão. Se você não pertence a nada pode por sua opção pessoal se envolver com qualquer culto. Cada um escolhe o que lhe identifica, inclusive tem até gente que quer ser evangélico, a seita abraamica mais atrasada que temos hoje.
Mas pessoas que se iniciam em culto de Orixá e que recebem formação não tem na minha opinião sentido em seguir esse modismo.
Marcos,
ExcluirInteressante sua resposta. De fato, distinguir o culto de Gelede e Ajé é crucial, já que de um modo geral, na cabeça da maioria das pessoas, são coisas interligadas. E realmente parece não haver uma separação definitiva, tão cartesiana assim.
Aguardarei, ansioso, um texto seu que verse sobre as Ajé, Iyami Osoronga e Gelede.
Já em relação ao Dr. Sikiru Salami (Prof. King), não posso confirmar as perguntas que fez a respeito dele. Tendo em vista toda a obra publicada dele a respeito de orisa, a sobriedade com que trata dos assuntos, fica díficil imaginar que ele possa ter sido sócio do Walter Mercado, mas nada é impossível e como você frisou, o mundo é bem complexo.
O que posso dizer é que me iniciei em Ifá com um Babalawo que ele traz anualmente ao Brasil para as iniciações, juntamente com um grupo de outros nigerianos de Abeokuta que também realizam as iniciações para orisa.
Caso ache válido, acesse www.centroculturaloduduwa.com.br. Lá você encontra textos breves sobre os orisa cultuados e sacerdotes. Há inclusive um texto sobre Iyami e Gelede.
Ele também publicou ano passado o livro "Exu e a ordem do universo". Este eu li e me parece um dos poucos livros publicados em portugues que trata da figura de Esu com tanta seriedade. Há outras teses acadêmicas dele, geralmente publicadas em parceria com a Professora Ronilda Iyakemi Ribeiro.
O mundo é complexo..
De qualquer forma, acredito na validade desta troca e continuarei por aqui observando suas postagens e, na medida do possível, comentando e aguardando suas respostas.
Um abraço
Eduardo,
ResponderExcluirPois é. Nomes são similares mas king Salami esteve associado com Walter Mercado.
Atualmente soube que inicia multidões em Ifa na eslovênia ou algum outro pais do leste europeu, não sei bem. As pessoas vem aqui, para Santos, se iniciarem na tradição "nigeriana".
essa questão do livros é muito complicada porque tem um americano que se auto denomina Fatumbi ( o mesmo do Verger) com um monte de livros e que "roda" com Orunmila (!) em tambores lukumi (colocando a mão naquilo e tudo mais.....) enfim, mundo complicado, né?
Prezado Marcos:
ExcluirFrequento o Oduduwa Templo dos Orixás há 25 anos. Nossa comunidade não considera Iyami e os Ajogun seres do mal, mas os cultua como orixás veneráveis. Não praticamos o mal, nem somos ignorantes tapeados por um espertalhão. O Babalorixá Sikiru Salami não é muçulmano e não trabalha com Walter Mercado.
Faço o convite para participar de nossas festas abertas, acompanhar nossos cursos e ler os livros publicados pelo nosso sacerdote. Tenho certeza de que, assim, você poderá conhecê-lo melhor e esclarecer certos pontos de nosso culto. Entre no site do templo e obtenha mais informações.
Rodrigo.
Rodrigo,
ExcluirComo já disse e não vou ficar repetindo infinitamente não sei quem é sikiru salami. Leia minhas resposta porque nelas eu explico muito bem o que sei e o que não sei. Não vou repetir o que já disse ao Eduardo e não vou entrar nesta dialética que falar de pessoas e de casas que não conheço e que não falei.
Não fiz qualificação nenhum a ninguém e a nenhuma casa, não entendi porque você acha que estou falando da sua.
Sua casa é assunto seu. O meu é este Blog.
Contudo, sugiro aprender mais e descobrir nesta religião o que representam as ajé e oa Ajogun, ai vai poder dar opiniões melhores e entender que nenhum dos 2 são orixás veneráveis. Primeiro não são orixás porque orixá se tem em Ori. Muito menos veneráveis, representam o mal.
Procure o Candomblé.
... mas participe sempre. Não deixe de acompanhar o Blog e de manifestar sua opinião, sempre será valiosa.
ExcluirNem todos os assuntos podem depertar o mesmo interesse, mas, tenho certeza que encontrará algum que o interesse.
Em breve vou estar abordando a teogonia Yòrúba, acompanhe, pode esclarecer algumas coisas.
Ora, você falou do meu sacerdote e de orixás que eu cultuo. Não pratico o mal, não estou sendo enganado e conheço diversas casas de Candomblé brasileiro.
ExcluirFica o convite em aberto. Procure conhecer o nosso ponto de vista e fique a vontade para dialogar conosco. Meu nome completo é Rodrigo Ribeiro Frias, é fácil de achar na internet.
Marcos e Rodrigo, prefiro responder no anonimato, pois detesto exposição. Mas, venho aqui para expressar minha visão e meu aprendizado. Conheci o Sr. Sikiru Salami na década de 80, pude acompanhar o desenvolvimento do trabalho dele na USP e no Centro Cultural que ele tinha na época, em Perdizes se não me engano. Ele, de fato, foi um dos poucos nigerianos que realmente contribuiu para o desenvolvimento do culto de orixá e de Ifá no Brasil. Outros, até tentaram fazer isto, mas se perderam...
ExcluirSobre a iniciação em Ìyá mi, vale ressaltar o seguinte, de fato Ìyá mi e Ajógun não são orixás, na Nigéria eles não são cultuados como orixás e sim são apaziguados, através do ETUTU/EBO. Eles comem o ebo como forma de comer o mal que está atingindo a pessoa, afinal, eles detém o controle sobre essas energias. Mas, vale lembrar que, a iniciação feita na casa do Sr. Sikiru, não é em ÌYÁ MI, e sim no culto de Ìyá mi, o que é totalmente diferente. Tanto, que logo que essa cerimônia começou a ser feita na casa do mesmo, ela não se chamava iniciação, e sim pacto, ou seja, as pessoas eram pactuadas no culto. Tal como ocorre na Nigéria, não só no culto delas, mas dentre outros, como Ògbónì e etc...
O fato de Sikiru ter ou não trabalhado com Walter Mercado, é algo desnecessário ao debate, o que ocorre é que, no fim da década de 90 ele, Sikiru, teve um sistema de consultas via telefone, o que na época era uma febre... Porém, não deu certo devido as privatizações telefônicas.
O fato dele ser muçulmano ou não, também é algo desnecessário... Pois, na Nigéria é tão comum pessoas iniciadas em Ifá e orixá frequentarem mesquitas, quanto na Bahia os iniciados frequentarem as igrejas católicas...
O importante aqui, é evitar os radicalismos, pois ninguém é dono da razão. Nem no Brasil, nem na Nigéria, nem em canto nenhum do mundo. Nunca haverá uma uniformidade, mas é preciso haver respeito, entre pessoas humanas.
Cada um é livre para expressar sua opinião e aprendizado, desde que isso não fira nem denigra a imagem do outro.
Rodrigo,
Excluirnão falei do seu Babalorixá. Como eu disse nem o conheço.
Eu trato de temas. Em muitos deles as pessoas podem se sentir identificadas, o chapéu acaba servindo. Mas, o caso é de vocês se identificarem e não o de eu atacar.
Anonimo,
Excluirok, não tenho mais nada o que acrescentar ao que já disse, entendo que você na sua postagem mencionou varios pontos que eu havia comentado em diferentes respostas. Veja, não estou dizendo que você confirmou ou discordou, apenas que mencionou.
Continue lendo o Blog e comentando
E bote complicado nisso!
ResponderExcluirApós a minha iniciação, no início deste ano, confesso que me afastei um pouco e até agora não sei se estou agindo corretamente . A impressão que tive é que há uma exacerbação de certas práticasdo culto, como as festas e os ebo, em detrimento das coisas mais simples e substanciais da religião. Mas é uma impressão. O templo, de fato, é gigantesco e recebe muitas, muitas pessoas. Há uma espécie de descentralização, porque sacerdotes acabam levando seus filhos para se iniciarem lá também e "migram" o culto de seus candomblés (incluindo aí os cânticos, os assentamentos, a forma do jogo de búzios e orixás cultuados) para o molde da matriz, que no caso é o templo em Mongaguá do Sikiru Salami.
Mas sim, o mundo é complexo e há uma sacerdotisa famosa aqui em São Paulo, Sandra Epega, cujo templo visitei durante algum tempo e pude presenciar várias coisas - como Xangô conversando com os presentes, por exemplo. Parece que, de algum modo, São Paulo é hoje para os nigerianos de Ifá o que foi a Bahia para os primeiros candomblés. Embora eu saiba, por cima, que muita coisa parece acontecer no Rio também - e inclusive com os cubanos. Estará uma nova religião afro-brasileira nascendo?
Todas essas interrogações me levaram à um momento crítico e decisivo no meu envolvimento com a religião. Eu a considero de uma riqueza ímpar e sim, nela consegui perceber aspectos importantíssimos (e até irremediáveis) da minha constituição espiritual. No entanto, cheio de dúvidas e questionamentos como estou, o que me cabe no momento é rezar, do jeito que souber, de cabeça no chão em frente o meu Ifá.
Eduardo,
ExcluirPessoas que migram o seu culto para os moldes dele é porque não receberam nada de ninguém. Se você é parte de uma linhagem, se responde a uma casa como parte de uma descendência jamais vai substituir o que recebeu e aprendeu por outra coisa.
Mas tem os casos que eu citei no novo texto do Blog. Tem pessoas que não estão ligadas a nada e a ninguém.
No jeje e no Nago do Nordeste, o Orixá conversa com as pessoas, as vezes passa o dia todo incorporado. É um modelo distinto do modelo Ketu que a maior parte de nós esta acostumado. No caso da Sandra Epega que eu entendo seguir a tradição Nigeriana, bem, ja vi o Xango dela falando para a televisão. Eu acho isso desnecessário e inadequado. Nem se fosse um caboclo de Umbanda faria isso.
Não vejo outra religião nascendo.
A tradição do Candomblé é a adequada para nós. A característica das nações estão acabando e o modelo Ketu cada vez mais se impondo.
Estes entrantes pegam a parcela mais desinformada e ignorante e fazem a sua ramificação. Sejam os cubanos ou os Nigerianos eles vão trazer apenas facilidades. Vão cair com esse grupo as pessoas que não tivera aptidão o disciplina para serem do Candomblé. Também os marmoteiros que não querem as facilidades que o dinheiro pode comprar porque esses grupos vendem qualquer coisa que o dinheiro pode pagar. Como dizia Nelson Rodrigues, o dinheiro compra qualquer coisa até amores sinceros.
Assim, esse grupo de cubanos e Nigerianos trazendo Lukumi e YTR para cá, por um lado é ótimo. Certamente vão empregar um modelo urbano fácil de ser assimilado, como a Regla de Havana. Vão atrair esse pessoal completamente perdido que vem da Umbanda e as pessoas que entram no Candomblé e não tem vocação para adquirir os novos valores que devem aprender. Eles podem ficar com essa rebarba e borda da sociedade.
Lembre que cubanos não tem nem conceito de Ile Axé, Terreiro, eles nem entendem como isso funciona.
Bem. Eu, que amo a sabedoria iorubá, construção milenar que inclui um corpo teológico complexo e sólidas regras de conduta, lamento e lamento muito o fato de serem realizados debates como os que pude ler neste espaço virtual. Nós, praticantes da múltipla variedade de formas religiosas tecidas no Brasil (mais de 50!), e que tomaram por base princípios teológicos e práticas litúrgicas dos mais de 100 grupos étnicos africanos trazidos ao nosso país, teríamos que nos esforçar para ajustarmos as relativamente pequenas diferenças que caracterizam nossas adesões religiosas, em lugar de expor nossas fragilidades. Diz a sabedoria popular que "Roupa suja se lava em casa" e que "Casa dividida não sobreviverá!". Lamento muito. Profa Dra Ronilda Iyakemi Ribeiro(autora de "Alma Africana no Brasil. Os iorubás" e de "Exu e a Ordem do Universo"). Lamento, de fato, muito.
ResponderExcluirRonilda,
ExcluirFaço questão de responder às postagens, mas, de fato não entendi o seu ponto. A única coisa que pude entender é que você se incomodou com os assuntos estarem sendo discutidos aqui e que opiniões divergentes estarem sendo manifestadas. Bom, este é um Blog que discute esta religião, de forma que, aqui, é o lugar para colocarem informações e opiniões.
Considerando que os comentários não são moderados e que as colocações foram respondidas de parte a parte não vejo nada de errado.
Você entendeu isso?
Em relação pontos adicionais, se você se esforçar para dizer o que pensa fica mais facil responder elgantemente às suas posições, porque colocações adjetivas não tem significado.
Sua participação sempre será bem vinda, não deixe de colocar sua opinião e de trazer informação para as pessoas que acompanham o Blog.
ExcluirVocê pode observar que não existe propaganda, telefones nem e-mail neste Blog. O objetivo aqui é informar, não é uma arapuca.
Prezado Marcos,
ExcluirNão vejo problema algum em você discutir as religiões em seu blog, afinal o blog é seu.
O grande problema é você discutir sobre uma religião pela qual você não tem qualquer entendimento, tendo em vista o que você escreveu acima sobre os Yorubás.
Uma vez que você não sabe quem é o Prof. Sikiru Salami ou a Profa. Ronilda Ribeiro, logo percebe-se a sua ignorância sobre o tema, uma vez que eles são os grandes mestres da literatura yorubá, fonte onde você poderia ter pesquisado algo sobre a religião antes de escrever o que não entende.
Lamentável!
anonimo,
Excluirmais uma vez, colocações adjetivas do tipo eu acho, eu gosto, eu sei não levam a nada é só bla-bla-bla.
Eu escrevo sobre o que sei. As coisas que eu escrevo estão ai, são claras e tem autoria. As pessoas podem ler, avaliar, entender, opinar e gostar ou não.
Como eu disse as pessoas vestem a carapuça de criticas impessoais. Mas, a finalidade é essa mesma. Enfim, cada um que cuide do que faz.
Sabe, os semelhantes se atraem, assim, eu conheço e convivo com pessoas éticas e inteligentes.
Mas, se ainda não conseguiu entender, vou falar de novo, não me interessa dar minha opinião sobre pessoas aqui. Eu falo sobre temas, as pessoas é que se situam nele.
Como eu disse é muito interessante este tema que aborda a falta de ética e carater de pessoas que enganam idiotas ter despertado tanto interesse e necesside de defesas e explicações. Muito sugestivo. Para quem entende, pingo é letra.
Sua resposta confirma meu ponto de vista a respeito do blog : Ignorância.
ExcluirMuito obrigado!
Por nada.
ExcluirVocê deve de fato frequentar os lugares onde se sente confortável. Quem sabe algum dia eu conto a história real dessas pessoas ai que você referencia.
Mas, o interessante para mim é a oportunidades das pessoas expressarem suas opiniões e pontos de vista. Algumas vezes a elegancia e respeito a diferenças não é uma qualidade de todos, mas, isso é coisa que vem da origem. Espero que encontre algum tema que o sirva.
É interessante como este assunto desperta interesse.
ResponderExcluirInfelizmente, volto a afirmar minha posição de que o envolvimento com isso não faz parte das pessoas de bem.
Procure uma boa casa de Candomblé, uma que não promova isso.
Adiantando o tema, eu aviso aos leitores que este Blog, NÃO tem como tema falar mal de pessoas e nem de casas. A temática é voltada ao conteúdo e situações.
ResponderExcluirContudo se as pessoas e casas se enquandram em situações criticas ou comentadas ou mesmo adotam uma linha de conhecimento diferente isso é ocasional e incontrolável. Os temas não vão deixar de ser abordados porque pessoas se enquandram em situações de desconforto. Além disso o conteúdo aqui reflete minha opinião sobre os assuntos e fontes quando usadas são mencionadas.
Em relação a história das pessoas infelizmente não dá para apagar e cada um viva com a sua.
Olá Marcos, tendo em vista que o espaço é democrático, educadamente venho manifestar minha opinião. Quero deixar claro que o respeito às opiniões e a convivência com as diferenças são valores importantes na minha crença e tradição religiosa. Minha opinião é que o blog não ensina nem discute a religião yorubá e não é especializado em Ifá, tampouco Candomblé. Não sei sua idade, de qualquer forma trago ao vosso conhecimento que antes da chegada do Prof. Dr. Sikiru Salami (Babá King) ninguém conhecia Ifá, muito menos as Mães Osorongá. O referido foi precursor do culto de Ifá no Brasil e consagrou-se por ser o maior estudioso de Ifá no mundo. Antes de sua chegada além de determinadas divindades, ninguém conhecia (por exemplo) Gim (destilado usado na liturgia africana para abrir fala) muito menos Atare (a conhecida pimenta da costa). Efun e Osun muito menos, a maioria das pinturas iniciáticas eram feitas com "pemba". Sem contar as mais diversas arbitrariedades que gradativamente vem sendo corrigidas graças as intervenções desse sacerdote (como por exemplo o ato de colocar "azeite de oliva [ou azeite doce]" nos pertences de Obatalá (Oxalá), procedimento errado já que o azeite tem sal em sua composição). Hoje, todos os sacerdotes do candomblé conhecem e usam esses elementos. Se fizer uma rápida pesquisa na internet encontrará os mais diversos orikis e aduras, que só existiram graças ao trabalho deste pesquisador que publicou em suas obras a reza em yorubá com tradução em português, portanto, é fundamental reconhecermos e respeitarmos seu trabalho. Ele não é muçulmano, mas, mesmo se fosse isso não faz a menor diferença porque as iniciações são feitas por sacerdotes conhecidos e respeitados na Nigéria. Com relação as Mães Osorongá o que tenho a dizer é que no candomblé ninguém sequer sabia da existência delas. Hoje no afro-brasileiro (sobretudo as casas de Ketu) adoram falar e demonstrar conhecimentos sobre Iyamí (você é um exemplo), entretanto, não avançam nos conhecimentos que receberam do senso comum. Iyamí Osorongá ainda é novidade no candomblé e não tem mais que 30 anos no Brasil. Nestes anos de vivência e pesquisa nas mais tradicionais casas de candomblé brasileiras (Gantois, Casa de Oxumare, Pilão de Prata, Casa Branca, Afonjá entre outras) nunca ouvi os sacerdotes referindo-se a Iyamí Osorongá como algo ruim. Há até ebomes preparadas nos postos de Iyamoro e Iyagimudá que além do Ipade (ritual preliminar do candomblé em que Iyamí também esta presente) cuidam da árvore sagrada dedicada a elas (como por exemplo a Jaqueira). A título de complemento dos seus estudos sugiro que busque conhecimento sobre as Ajé funfun, pupa e dundun e quanto aos Ajoguns procure entender que estes são seres da mais profunda importância, porque são eles que juntamente com Exu e as Mães Oxorongá manipulam e dão ao ebó o seu devido destino. Estes seres se alimentam das doenças, dos problemas, das tristezas, das infelicidades e de todos os azares depositados no ebó, proporcionando alívio para quem fez. Você maldiz aqueles que retiram do seu destino os problemas, chegando a "comê-los" para que eles não permaneçam na sua vida? Pense nisso! E já que gosta de assuntos polêmicos, sugiro uma abordagem sobre o aumento considerável de sacerdotes brasileiros e se auto intitulando babalawô. Antes do King não tinha babalawô no Brasil, depois que ele trouxe um porque agora tem um monte? Um forte abraço de um filho e estudioso de Ifá, Èsù e Iyamí Osorongá.
ResponderExcluirAkin,
ExcluirEste é um BLOG que trata com profundidade e propriedade e Ifá e de Candomblé. É assim que o defino e é assim que me posiciono. Os assunto e a abordagem são escolhidos caso a caso. Ele não tem o objetivo de ser didático, o assuntos são escolhidos por mim e a abordagem varia em função do tema, indo desde a uma critica social até mesmo abordagens completas de um determinado tema.
O Blog não é especializado em Ifá ou Candomblé porque não quero me limitar a um tema ou outro e assim trato o que acho de interessante na religião.
Ifá foi trazido ao Brasil por Nigerianos e Cubanos. Babalawos foram feitos nas 2 tradições. se hoje existem muitos Babalawo é porque estão sendo feitos nas 2 tradições. Os Nigerianos estão localizados em SP, acredito que existam mais de uma família e de localidades diferentes. Os cubanos estão localizados principalmente no Rio de Janeiro.
Pertenço a rama Cubana, assim como já pertenci ao Candomblé do Rio, com axé raiz localizado em são Felix na Bahia. Mas, não trato aqui disso, o que importa apenas é o conteúdo.
Em relação a Iyami discordo de sua posição. Verger foi a pessoa que melhor documentou o culto. Sua Obra até hoje é referência sem igual. O que existe de bom foi feito por ele. Recomendo consultar Verger. Recomendo também consultar Wande Abimbola. Outra referencia é "Our Mothers, Our Powers, Our Texts: Manifestations of Àjé in Africana Literature".
A junção da teoria e pratica disso esta em Ifá.
O Culto a Iyami não veio para o Brasil junto como culto de Orixá, assim como o culto a egungun. Mas no Candomblé algumas casas, de origem Ketu, através do Ipade fazem uma reverência a elas no sentido de apaziguamento. Contudo esta liturgia pertence ao Ketu. O culto a egungun foi introduzido tardiamente mas se estabeleceu aqui.
Vocês subestimam muito a posição da tradição do Candomblé em relação a esses assuntos. mas para conhecer isso só estando dentro. Existe, sim, vida inteligente, lúcida, esclarecida e atualizada dentro do Candomblé sobre todos os assuntos desta religião. Sugiro ler as ultimas postagens do Blog. O que existe hoje é a busca da Africa no Brasil e não o contrário.
Mas, o Blog é um espaço aberto para que manifestem opiniões sobre os temas. Eu continuo lamentando que muitos estejam se focando em defender a posição e história do Sr. Siriku. Não foi foco aqui falar dele e muito menos esse é o intuito desse Blog.
. mas, educadamente pode sempre manifestar suas posicões e opiniões. Cabem a quem le o discernimento de escolher o que acha mais adequado e conveniente.
ExcluirQuem escreve e detalha o que pensa, muito mais do que se expor, da a oportunidade a outros de também aprenderem.
Aqueles que apenas falam com adjetivos como: bobo, feito, chato, ignorante ou burro, não tem nada a transmitir a ninguém.
Marcos,
ExcluirSua resposta é contraditória, superficial e pouco tem a ver com o que eu escrevi, de qualquer forma minha opinião esta dada e prolongar seria inútil, ainda mais por se tratar de debate entre iniciados e não iniciado no culto das Mães Osorongá. O que escrevi foi com base na apresentação que você faz sobre seu blog e a postagem em questão. Você pode reler (não as minhas, mas as suas palavras). E eu, repito as palavras do nosso ilustre Voltaire: "Eu não concordo com uma palavra do que você diz, mas defendo até a morte o seu direito de dizê-las". Meu intuito não é convencê-lo de que as Mães Osorongá são maravilhosas, mas, você entendeu que eu e a maioria das pessoas que leram sua postagem acharam que a ignorância a respeito do assunto propicia um debate inútil e sem fundamento. Além de um aparente desconhecimento do Culto de Orixá, o autor caminha a passos largos para o preconceito que deveria (ou pelo menos espera-se) combater. Além disso, não embasa suas palavras em fundamentos concretos sobre estudos a respeito do tema. Enfim, aquela é a sua opinião, e esta é a nossa, mas jamais brigaremos por isso. Quanto a religião tradicional yorubá, como bem dito por você uma história não pode ser mudada e a história comprova que o precursor de Ifá no Brasil foi o Babalawo Fabunmi Sowunmi, que a bem da verdade chegou ao Brasil por intermédio do Prof. Dr. King. Quem quiser criticá-lo, deve no mínimo produzir história melhor que a dele. Quanto as Mães Osorongá, sejam boas ou más, o fato é que elas sempre existirão (você querendo ou não) enquanto correr sangue nas minhas, nas suas e nas veias de qualquer pessoa viva. Renegar as mães é renegar a própria vida. Quanto ao Candomblé tanto eu como você sabemos que não é esse mar de rosas que você descreve e com o passar dos anos a situação esta piorando. Sem mais, desejo que o axé de Exú e Iyamí Osorongá traga luz e discernimento ao seu orí e se ainda achar necessário falar sobre o assunto, estou a disposição via e-mail.
ResponderExcluirHINO ADAPTADO
Refletiu a luz Divina
Em todo o seu resplendor
Vem do reino de Oxalá
Onde há paz e amor
Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que vem lá do Orum
Para tudo iluminar
As religiões são de paz e amor
É um mundo cheio de luz
É a força que nos dá vida
E a grandeza nos conduz
Avante filhos de fé
Como a nossa lei não há
Levando ao mundo inteiro
A bandeira de Obatalá
Levando ao mundo inteiro
A bandeira de Obatalá
Asé Orisás e que um novo caminho de luz seja refletido na terra em 2013....
ResponderExcluirCada um dá o que pode e aquilo que sabe dar... repeitar o trabalho do próximo é um grande valor.
ResponderExcluirNesse caso não vamos valorizar o que não tem valor....
Pois o céu tem muitos lugares e cabe muitas estrelas, e todas elas podem brilhar....
Seja uma estrela e brilhe para todos os que te amam isso é que importa, o resto é especulação
ÌYÁ MI OSORONGÀ - AS SENHORAS DOS PÁSSAROS E
ResponderExcluirOSO – SENHOR FEITICEIRO DONO DE GATO PRETO
ORIN
NSE LO RAN MI WA, EMI KI MO RAN RA-A MI O
IBA MI D´OWO AWON IYA TO RAN MI WA.
COM ASÉ E QUE TODOS ESTEJAM NA PAZ DE ONILÉ!!!
Marcos,
ResponderExcluirSua resposta é contraditória, superficial e pouco tem a ver com o que eu escrevi, de qualquer forma minha opinião esta dada e prolongar seria inútil, ainda mais por se tratar de debate entre iniciados e não iniciado no culto das Mães Osorongá. O que escrevi foi com base na apresentação que você faz sobre seu blog e a postagem em questão. Você pode reler (não as minhas, mas as suas palavras). E eu, repito as palavras do nosso ilustre Voltaire: "Eu não concordo com uma palavra do que você diz, mas defendo até a morte o seu direito de dizê-las". Meu intuito não é convencê-lo de que as Mães Osorongá são maravilhosas, mas, você entendeu que eu e a maioria das pessoas que leram sua postagem acharam que a ignorância a respeito do assunto propicia um debate inútil e sem fundamento. Além de um aparente desconhecimento do Culto de Orixá, o autor caminha a passos largos para o preconceito que deveria (ou pelo menos espera-se) combater. Além disso, não embasa suas palavras em fundamentos concretos sobre estudos a respeito do tema. Enfim, aquela é a sua opinião, e esta é a nossa, mas jamais brigaremos por isso. Quanto a religião tradicional yorubá, como bem dito por você uma história não pode ser mudada e a história comprova que o precursor de Ifá no Brasil foi o Babalawo Fabunmi Sowunmi, que a bem da verdade chegou ao Brasil por intermédio do Prof. Dr. King. Quem quiser criticá-lo, deve no mínimo produzir história melhor que a dele. Quanto as Mães Osorongá, sejam boas ou más, o fato é que elas sempre existirão (você querendo ou não) enquanto correr sangue nas minhas, nas suas e nas veias de qualquer pessoa viva. Renegar as mães é renegar a própria vida. Quanto ao Candomblé tanto eu como você sabemos que não é esse mar de rosas que você descreve e com o passar dos anos a situação esta piorando. Sem mais, desejo que o axé de Exú e Iyamí Osorongá traga luz e discernimento ao seu orí e se ainda achar necessário falar sobre o assunto, estou a disposição via e-mail.
Caro Senhor Marcos,
ResponderExcluirEu já consegui tantas coisas boas com as senhoras dos pássaros.A elas eu só tenho motivo de agradecimento e as pessoas que receberam as graças também.Sou iniciada na casa do Professorr Doutor em Sociologia pela USP Sikiru Salami e me orgulho disto.Entendo que você esteja tentando criar um espaço para promover debates sobre diversos assuntos, mas para isto é preciso saber respeitar a tudo e a todos.è muito sério falar em nome de Ifá,o senhor do destino que tem como elemento principal o respeito.
Ayedun,
ExcluirPelo que entendo este senhor deve ter uma fabrica de iniciações em Iyami. Mas como já disse para Akin, isso é tudo o que eu critico e já me expliquei na postagem.
Se está feliz com sua opção ótimo, minha opinião para quem não fez isso é que não o faça. O caminho do Orixá é uma opção muito melhor.
Observe. Eu respeito as pessoas. Muito mais do que elas a mim, como pode ver pelos comentários. Isso não vai me fazer concordar com sua opinião ou opção. Eu penso diferente e me explico. Várias pessoas que comentaram apenas gastaram o seu tempo com adjetivos e papeis sem dar nada a ninguém.
Sim Ayedun, eu falo de orixá e orunmila. São eles que me trazem caminho de vida, prosperidade, esclarecimento e sabedoria. Eu faço Oxé toda a semana eu jogo todo dia o meu Obi para iniciar o meu dia, eu respeito os meus ciclos e é isso o que me mantem e me da força para seguir e crescer.
Você e todos serão respeitados por mim. Humildade, paciência e honestidade são qualidades que Ifá nos cobra. Mas, como disse não significa que não vai ter minha opinião distinta sobre assuntos. Vamos separar isso.
Você é sempre bem vinda aqui e em qualquer lugar que eu esteja.
Marcos
ExcluirVocê é Doutor em que para afirmar com tanta precisão o que é melhor ou pior para a vida das pessoas?
Se o seu intuito não é esclarecer as pessoas sobre Ifa e yoruba, porque esse é o nome do seu blog? Só para chamar a atenção?
Sua posição com relação a estes temas é totalmente contraditória e sem fundamento, inclusive no que se refere ao candomblé.
Em virtude da existência de pessoas como você temos um exército de semi -analfabetos da própria religião.
Pare com essa farsa.
Anonimo,
ExcluirA minha opinião é o que esta publicado no Post e no BLOG. Eu esclareço com transparência e profundidade e ainda respondo a perguntas.
Pessoas como você podem ser afetadas por isso e vão certamente sempre reagir tendo esses ataques.
Como eu disse antes, essa opinião qualitativa sobre nível de conhecimento é muito relativa. Como eu sei do que estou falando incomodo muita gente. A sua avaliação sobre o que eu sei ou não é irrelevante para o problema. Por exemplo, eu tenho uma opinião bem formada sobre o que você sabe e até sobre o caráter, mas, não vou manifestar, é bobagem. Como eu expliquei não ofendo pessoas, muito menos leitores do Blog como você. Você é bem vindo para ler o Blog. Não tem sentido eu ofender pessoas que comentam aqui e frequentam o Blog.
Sabe, se você tivesse um bom conhecimento não teria feito essa opção e estaria defendendo isso, incluindo defender gente que não tem como ser defendida. O que eu critiquei é uma das coisas mais podres que tem sido feito às pessoas hoje em dia. É um mercantilismo de enganação, como muitos que já ocorreram nesta religião.
Se você repesenta isso seja porque foi vítima ou algoz, lamento.
Se você algoz e é parte desta instrumentalização, esta reclamando com a pessoa errada, eu sou parte daqueles que combatem o que é mal-feito. Mas, não combatem xingando, usando adjetivos ou falando mal. Eu faço muito pior, eu explico o que é o certo e mostro o que é errado. Eu não imponho minha opinião eu a exponho. Quem le deve usar o seu próprio bom senso para fazer seu juízo, ou acompanhar o meu, como nesse caso aqui.
Este Blog será o seu pior pesadelo. Eu espero mesmo que as pessoas leiam e formem sua opinião. Aqui eu explico, com detalhes e dou também minha opinião.
Se você é vítima, sugiro que acorde e se informe, sempre ha tempo para mudar sua vida para melhor
Sabe, quando a gente ve uma pessoa falando uma bobagem a gente basicamete procura outra página. Quando o que a pessoa diz toca fundo no que a gente faz e incomoda a enganação que essa pessoa esta fazendo ai isso vira outra caso. Eu lamento estar mexendo no seu bolso (o bolso é o orgão mais sensível do corpo).
Mas pode ficar mais preocupado ainda. Eu vou voltar a esse assunto, essa postagem aqui é bem antiga, e vou acabar de vez com essa palhaçada, vou explicar tudo e dar todas a referências que justificam tudo. Ai você vai ter que rezar para as pessoas não lerem, porque não vai sobrar pedra sobre pedra.
Você é muito ingenuo em achar que eu ia escrever um post sobre esse assunto, sabendo que poderia causar exatamente esse tipo de reação aqui sem me preparar muito para isso? Você é muito ingenuo e não me conhece. Inclusive se conhecesse não estaria fazendo essas qualificações levianas sobre o que eu sei ou não na religião.
Olha, eu tenho muitos anos de postagens, ja passei por todo o tipo de pessoa.
Mas isso tudo aqui me alegra muito. Alegra saber que as pessoas estão lendo e alegra saber que as pessoas criticadas também estão lendo. Esse era o objetivo.
Espere as próximas postagens!
vai ficar muito melhor para você
e não deixe de postar no Blog, você sempre é bem vindo
Akin,
ResponderExcluirMinha opinião sobre o processo de iniciação que você defende já esta manifestada na postagem, a dialética nesses comentários são de aspectos pontuais, assim, não vou ficar reescrevendo o que eu já disse.
Você esta envolvida em tudo aquilo que eu critiquei e expliquei o motivo. Defender essa sua opção ruim é o que tem à fazer. Essa conversinha de minha ignorãncia a respeito disso ou daquilo é uma posição relativa a passional de vocês. Eu tenho uma avaliação muito pior sobre várias manifestações aqui, mas, como autor do Blog não me cabe hostilizar ninguém dizendo o que penso e as bobagens que vejo porque isso pode inibir outras pessoas que querem se manifestar. Assim a ética e elegância que quero manter neste blog, e também nos outros espações que modero me impedem de ser critico, contundente ou agressivo com pessoas que discordam ou mesmo preferem me avaliar.
Não ha problema nisso, sou uma pessoa com bastante experiência nisso e muito bem resolvida no que faço e sei de modo que meu objetivo aqui e ver essas dicussões prosseguirem. O meu objetivo nas minhas prioridades esta bem acima de questões de ego ou vaidade menores que eu possa a ter.
Dessa maneira, eu fico vendo essas manifestações mas não preciso me defender, minhas ações, minha conduta e o que eu posto aqui e em outros lugares são o que depõe para mim, de forma que não me incomoda essa manifestação e nem me interessa discutir sobre isso. Eu tenho o que mostrar. Eu tenho nome e sobrenome em tudo o que faço e isso tem o peso que merece.
Como eu já disse, o tempo que eu gasto aqui nesse blog tem um objetivo maior. Você não vai me ver fazendo propaganda, catando gente para jogo e pescando iniciações. Não vendo o que eu transmito e não cobro isso de outras maneiras.
Mas enfim, como citei, a sua opção, real ou ilusória é o foco da minha crítica e tudo o de negativo que coloquei. Dessa forma é natural o seu aborrecimento sobre o assunto e sobre minha opinião. É natural querer desacreditar o que eu sei ou coloco porque dessa forma voce defende também sua opção. Mas, tenha certeza, sou uma pessoa que antes de escrever uma linha sequer gastou muito tempo, anos de pratica no assunto para poder me manifestar.
Eu posso colocar em cada postagem posições superficiais ou parciais, uma vez que não tenho o compromisso aqui de ser didatico com ninguém. Eu escolho um assunto ou uma visão do assunto para me manifestar. Quando eu faço uma afirmação ou uma conclusão é porque antes ja fiz tudo aquilo que antecede o assunto. Muita coisa que foi postada aqui no Blog, nos inúmero temas levou muitos nos para amadurecer. Eu quando trato de um assunto respondo a primeira, a segunda, a terceira e até a décima pergunta sobre o mesmo assunto. Tem muita gente que responde apenas a primeira, na segunda ele já não sabe mais.
Veja, não estou dizendo isso para me colocar acima de ninguém, mas, para que você e outros compreendam que, no meu caso, não tem casuismo ou superficialismo, sou completamente consequente no que faço. Assim não estão perdendo tempo lendo e não devem me confundir com muito que saem fazendo CTRL-C e CRL-V.
Eu sempre digo no que eu escrevo, o que importa é o conteúdo e não títulos e bla-bla-bla, aqui é internet e todo mundo é um avatar. Bom, eu sou eu mesmo, mas, temos anonimos, XPTOs, fafafas, etc... Dessa maneira o valor esta no que se produz e não no que se vocifera.
Dessa forma, estamos e lados opostos, você que optou por isso no que acredita e eu que digo que isso não interessa a ninguém. Mas acho interessante que uma vez que existem tantas pessoas fazendo essa opção que elas se manifestem.
ExcluirEm relação ao Candomblé, eu recomendo a todos. É a manifestação máxima desta religião, lamento quem opta por outras tradições tendo o Candomblé como opção. Todo mundo lá fora quer justamente o contráriop. A situação só melhora e Orixá saiu do gueto através dele. Ele vai saber superar a dificuldade natural do crescimento, mas, ele foi feito para esta terra.
Essa inistência em defender o sr siriku vai acabar me fazendo contar as histórias que eu não quero.
Mas, continue a participar o Blog, opiniões são bem vindas, sempre. Que seu Ori e Orixá sempre a iluminem.
Na minha avaliação esta postagem funcionou muito bem, quem dera que todas fossem assim.
Como esta assunto despertou interesse e opiniões divergentes vou colocar na lista para publicar um post sobre o assunto na teogonia yoruba, assim, como já havia dito que faria para a Ruth.
ResponderExcluir.... gente.. sabe que os semelhantes se atraem, assim eu ando e me relaciono com pessoas como eu. Isso é muito bom porque se você se cerca de pessoas como você, mas deixa de conhecer outras pessoas.
ResponderExcluirEntendi a relação da Sra Ronilda, que não conheço e nunca havia ouvido falar e desse senhor Salami que também não conheço. São pelo menos sócios, por isso esta defesa dela para ele em uma postagem em que ele nem foi citado (o que até agora não entendi como ele entrou nesse assunto).
Ele tem um editora para publicar seus próprios livros e também publica os 2 livros dessa famosa escritora. A editora dele tem apenas os livros dela e os dela !
E olha que eu tenho praticamente todos os livros em portugues, ingles e espanhol sobre esta religião, bom, senão todos, pelo menos os referenciados e citados e os que eu vi que tinham qualidade. Mas de fato não tenho muito de edições pessoais, tenho alguns.
Por esta razão cometi esta falta gravíssima de não conheceer a famosa escritora e seus 2 livros editados por ela mesma. Bom, vou ficar sem conhecer e tenho certeza de que vou consegur viver com isso.
Eu não sei de tem mais alguém lendo esse tópico, mas, recuperei uma informação antiga.
ResponderExcluirDe fato, como disse, não conheço o Sr. King. aliás, conheço muito pouca gente em SP.
Mas em 2005 em um grupo de Candomblé houve uma longa troca de e-mails entre a esposa do Sr. King, Tania Salami com algumas pessoas do grupo e eu recuperei algumas afirmações que confirmam as poucas informações que coloqui nestas respostas sobre esse Sr., que volta a afirmar, não entendi ainda o motivo de ele ter sido citado
Eu citei em um comentário que o Sr. King esteve associado com Walter Mercado e isso foi prontamente rebatido. Para que não digam que sou leviano mostro a seguir de onde veio esta minha informação:
De acordo com a Sra. Tania Salami, ela reconhece e descreve parte desse envolvimento, que confirma a posição do babalorixá
Iyasade
Re: [candomble-ketu] Re: 0900
Marcos
O King foi procurado naquela epoca para fazer o 0900 como Prof. King ,filmaram
sobre os Orixás e a noite passava a mídia, ele foi contratado por uma
empresa...esta empresa era a mesma do Walter Mercado...e numa certa altura foi
pedido a ele que fosse ministrado por ele um curso para as pessoas que iam dar o
atendimento...pois foi assim... agora a administração de quem eram era
responsabilidade da empresa... se eram iniciados ou não era preocupação da
empresa...e os atendentes atendiam várias pessoas...Walter Mercado, Prof. King e
uma mulher que não me lembro nome...foi assim muitas pessoas ganharam muito
dinheiro...havia muita gente que ligava....dava retorno até o juiz proibir....
Um outro babalorixá do grupo, de SP que conviveu com essa situação dá mais detalhes:
> Me deculpe mas fui testemunha de mais ou menos 50 abians, que
trabalhavam na
> época do 0900 que fizeram curso de jogo de búzios com seu marido, e
todos
> receberam seus Opons, enfeitados com muitos ajes e seus 16 buzios
para jogar
> a partir daí, todos eles passaram imediatamente de tarólogos para
pais de
> santo, e alguns ao menos conheciam a cultura afro-brasileira, que
dirá a
> africana, estou afirmando porque fui testemunha ocular. Portanto
querida,
> sem ofensas, se existem pais que mandam filhos fazerem cursos e
depois
> guardam os cadernos, também existem abians que jogam buzios depois
de cursos
> com Babalorisas africanos sim.
>
Dessa maneira, confirmo assim a única informação que dei sobre o Sr. King, a que ele esteve envolvido com o Walter Mercado. Esteve. Eu não disso como e nem fazendo o que.
As demais citações aqui foram feitas pelos pertencentes a casa dele. A minha posição foi sempre a de que não o conheço e muito menos a casa dele, assim nada posso comentar. O que posso dizer foi o que eu disse, que aliás foi confirmado pela esposa dele.
Algumas pessoas do grupo na época lembraram achavam que ele era babalawo, o que foi veementemente negado pela esposa. Outras lembraram que de acordo com a tradição africana o sacerdote de determinado orixá apenas inicia pessoas naquele seu próprio orixá, que o rito de um babalorixá iniciar em mais de um orixá é um procedimento somente da Disapora e essa diversidade faz parte da formação do babalorixá aqui. Assim babalorixás nigerianos apenas iniciam pessoas do seu próprio orixá.
Mas isso encerra o meu conhecimento. Espero ter deixado claro que a informação que eu coloquei não é falsa e muito menos inventada.
Marco Arino, o dono do blog, é meu amigo de muitos anos, mas acho que ele foi um tanto precipitado e generalizante em algumas de suas críticas e cometeu alguns equívocos em algumas de suas respostas, como o de dizer que o culto de Iyami não veio ao Brasil, entendendo o ritual do Ipadê apenas superficialmente. Se a gente não sabe o que se faz nos recônditos de outros Axés não podemos postular sobre o que existe ou não nestes lugares. Nina Rodrigues, há 110 anos, declarou que o culto à serpente não existia na Bahia, simplesmente porque ele nunca colocou os pés em uma casa de Jêje, mesmo sabendo que estas existiam.
ResponderExcluirÉ sempre bom lembrar também que o Candomblé foi fundado por sacerdotes e sacerdotisas do que são hoje Nigéria e Benin, e muitos outros sacerdotes africanos continuaram vindo ao Brasil antes e depois da Abolição e sacerdotes brasileiros indo também à África. Ou seja, a vinda dos nigerianos nos intercâmbios acadêmicos nos anos 80 não foi exatamente uma novidade. Este fato foi importante para alguns grupos dentro da afro-religiosidade que buscavam uma maior legitimidade, sobretudo diante dos grupos legitimados pela literatura acadêmica e por laços sociais contraídos com nossas elites intelectuais, artísticas e políticas.
Os excluídos deste protagonismo desejavam um reconhecimento que, já que não poderia ser feito em termos locais, teria que ser feito em termos internacionais. Estes "novos" africanos "gringos", falando com sotaque e vestindo trajes tradicionais é quem os colocariam no mapa, trazendo termos, liturgias e mesmo divindades desconhecidos da grande maioria dos adeptos do Candomblé, incluindo o grupo emergente acima mencionado.
O Candomblé que estes "novos africanos" (assim como os cubanos) conheceram é o que estes emergentes conhecem. Ignoram totalmente o que se faz dentro das casas ditas "tradicionais", e estas costumam serem muito pouco permeáveis à presença daqueles, justamente pelo fato de os verem como associados as casas que não consideram como "de respeito", e fica uma batalha de descrédito mútuo que nigerianos e cubanos, sem que isso fosse exatamente de seu desejo, acabaram entrando como peões de batalha, com eles mesmos passando a acreditar que o Candomblé não está com nada, dado que o que conheceram do Candomblé é apenas o que experimentaram seus clientes paulistanos e cariocas, ainda que hajam casas também ligadas à esta experiência mais "histórica" do Candomblé pelo menos no Rio de Janeiro, ainda que em número bem reduzido.
Robson,
ResponderExcluirExcelente comentário.
Gente, o Robson é babalorixá de antiga casa de Candomblé e parte de uma linhagem de sacerdotes e além disso antropologo de elite. Como diz uma amiga nossa em comum ele é um Patrimonio do Candomblé. Ele tem propriedade e autoridade em tudo o que diz. Fico feliz em saber que mesmos distantes temos em comum uma posição similar em relação a entrada nos cubanos em nigerianos. Ele inclusive em poucas linhas mostrou uma posição muito interessante sobre o fenomeno que tenho comentado nas ultimas postagens.
ResponderExcluirSobre Iyami, que ele tem infinitamente mais propriedade para falar, se quizesse, como eu disse, no Candomblé a gente tem o segredo, os outros que corram atrás.
... me da até saudades dos bons tempos do Candomblé Ketu no Yahoo!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSou de São Paulo, acompanhei toda essa longa discussão e agradeço a todos os participantes, cada qual com sua postura e maneira de se posicionar. Levo tudo isso em conta para formar minha própria opinião. Alguns se manifestaram contra o fato do texto fazer críticas negativas abertamente, de promover discórdia, mas eu penso que o consenso, ele sim, é perigoso e prejudicial às pessoas! Questionamentos e divergências são muito bem vindos, principalmente para iniciantes no Candomblé como eu, pois nos torna desconfiados e uma pessoa desconfiada averigua, compara, reflete, não aceita qualquer coisa que lhe digam. Quantas coisas eu observei e observo por aí com um olhar atento, de desconfiança mesmo, graças às críticas austeras e nada sutis do Marcos Arino. E algumas vezes desconfio até mesmo do que ele escreve e acho isso muito saudável. Esse péssimo hábito da nossa sociedade de evitar o confronto de idéias, de buscar sempre o consenso, o apaziguamento, só nos mantém na ignorância.
ResponderExcluirMas deixo claro que defendo o confronto de IDÉIAS, que se dá na base de argumentos, contra-argumentos e questionamentos. Pelo menos eu só levo em consideração esse tipo de discussão.
Ricardo,
ResponderExcluiré isso ai.
Cada um que tem conhecimento consegue ter opinião. Nesse big brother, quem decide não é quem escreve e sim quem lê.