A Ligação entre Ifá e o Culto de orixá (Òrìṣà)
A primeira informação importante para todos é que Ifá não está dissociado do culto de orixá (Òrìṣà).
Isso foi
uma constatação muito interessante e motivante para mim. Ifá é um
culto distinto e que
pertence a mesma religião (Yoruba) que tem um culto de Orixá.
Aliás, a gente vai encontrar na religião Yoruba 3 cultos: o de
Orixá, o de Ifá e o de Egungun.
São
cultos distintos porque tem foco em divindades diferentes, tem
liturgias distintas e tem objetivos complementares, mas, fazem parte
da mesma religião, compartilham as mesmas divindades e a mesma
teogonia. São separados mas vejo-os fazendo parte de um todo.
Não me
perguntem como Ifá se integra com o culto do
Candomblé Jeje -
Não sei. Quando a pessoa vai a Ifá ela vai na religião Yorùbá,
desta forma Ifá
esta ligado às tradições religiosas com origem na raiz religiosa
yorùbá. Aqui no Brasil temos o Candomblé Ketu, o Batuque e o Xangô
(Ṣàngó).
O
Candomblé Jeje
representa uma outra religião dentro do Candomblé e um culto com
divindades diferentes. O jeje tem Vodun e a religião Yorùbá tem
Orixá. Conheço muito pouco desta religião, mas, o pouco que
conheço me faz recusar esta abordagem medíocre que faz correlação
de 1:1 entre Orixá e Vodun. Não concordo que isso seja assim as raízes religiosas são bem distintas.
Ifá é
um oráculo Yorùbá. Está ligado a uma teogonia Yorùbá, a uma
teologia Yorùbá e a divindades Yorùbá. Tudo em Ifá gira em torno
de orixá e da teogonia Yorùbá que é diferente da teogonia do
Jeje. Quem no Candomblé é de uma nação Yorùbá, se vira com
facilidade, o pessoal de Jeje
não sei como faz.
Isso
significa que a pessoa de
Candomblé Jeje não
pode ir a Ifá?
Claro
que pode, Ifá apesar de estar ligado a uma religião pode ser usado
para todas as pessoas da face da terra independente da religião que
elas tenham. Ifá não é um oráculo litúrgico, é um oráculo para
tratar da vida das pessoas.
Além
disso, Ifá não trata de orixá (Òrìṣà), ele trata da pessoa.
Se a
pessoa é de Jeje,
apenas saiba que vai sair de lá com indicação de coisas para fazer
no contexto Yorùbá e de suas divindades. Apesar
de Ifá ser independente do culto de Orixá (Òrìṣà), a maior
parte das coisas que faz é através da intersecção dos orixá
(Òrìṣà).
Se isso não for problema para ele, então não
existe problema. Como estou falando aqui de ecumenização, ou seja,
de integração de cultos, no caso do Candomblé temos que ter
atenção na raiz da religião.
Claro que a maior parte das pessoas que conheço
ou situações que vi indicam que isso não é problema. O que mais
tem é “Doté de orixá” e casa de jeje que toca ketu e só faz
orixá Yorùbá ou faz Vodun como se fosse orixá, só troca o nome.
Raro é uma casa que seja Jeje, essa ortodoxia existe mais na nossa
cabeça o mundo real é uma bagunça.
Se o Doté ou Doné já é de orixá então o
resto todo também o será. A coisa começa da raiz, se a raiz começa
com Orixá porque o resto será diferente?
Assim
essa designação de Candomblé tem pouco sentido para muita gente
sem conhecimento. Para eles é tudo igual.
Usando
uma expressão que ouvi e gostei, o que temos mais e mais, é o
Candomblé popular, não é o Candomblé de nação. As pessoas
praticam de qualquer jeito e de qualquer forma. Raros são aqueles
preocupados com religião e culto, preocupados com nação e
ortodoxia, preocupados em dar consistência no papel da religião na
vida das pessoas.
O
Candomblé popular é aquele que acontece. As pessoas fazem e ganham
dinheiro com ele.
Para
aqueles que pensam que isso é um problema dos tempos modernos, não
é, pelo contrário, os tempos modernos só melhoraram o Candomblé.
A divulgação de informação, a facilidade de reconhecer erros, a
penetração em uma camada da população mais preocupada em ter uma
religião do que ganhar dinheiro com ela e a rejeição do modelo de submissão do candomblé, mudaram para melhor a qualidade do Candomblé.
A perda
de conhecimento que o Candomblé teve em sua prática hermética e em
guetos era fruto de pessoas com poucos valores e ética, que se
preocupavam somente com elas e mais nada.
Tem gente que adora enaltecer, sem senso crítico, os "meus mais velhos", isso é uma moda no Candomblé, coisa da boca para fora, para platéia, mas nessas pessoas estão a origem de atitudes e práticas ruins. É falha a afirmação que antigamente o Candomblé era bom ou melhor. O Candomblé melhorou multo.
O ganho de qualidade, ética e moral do Candomblé tem sido muito grande e o salvou. Claro que todo crescimento e evolução tem seus defeitos e problemas, mas cada vez a gente tem coisas menos séria ou escandalosas para lidar. A transparência e o acesso à informação mudam tudo para o bem.
Tem gente que adora enaltecer, sem senso crítico, os "meus mais velhos", isso é uma moda no Candomblé, coisa da boca para fora, para platéia, mas nessas pessoas estão a origem de atitudes e práticas ruins. É falha a afirmação que antigamente o Candomblé era bom ou melhor. O Candomblé melhorou multo.
O ganho de qualidade, ética e moral do Candomblé tem sido muito grande e o salvou. Claro que todo crescimento e evolução tem seus defeitos e problemas, mas cada vez a gente tem coisas menos séria ou escandalosas para lidar. A transparência e o acesso à informação mudam tudo para o bem.
Ha muito
tempo que já deixei de lado essa posição ingênua de que os
"antigos" é que faziam certo. Coisa nenhuma, como eu
disse, não sejamos ingênuo. Claro que até podiam entender muita
coisa que não sabemos hoje (isso é uma ilação), como também desconhecer muitas coisas que
sabemos hoje (isso é uma afirmação).
Sua
incapacidade em preservar a religião é que levou a perda. Não
tenho dúvida que essa mesma herança histórica comportamental foi a que expulsou o
culto de orixá da África. A diáspora negra foi uma solução e não
um problema. Ela permitiu que os Orixá se preservassem, porque se
dependessem dos africanos já teriam acabado.
Essa
herança cultural, histórica étnica é que fez com que eles não
preservassem sua religião e continuassem submetidos e escravizados
apesar do absurdo número de africanos no Brasil. Em lugares com uma proporção de 10 escravos para 1 branco, como que tudo ficava sem mudança? Eles, os negros, estavam mais
preocupados em se dar bem, em se libertar e também ter escravos do que mudar
algo. Essa história é pouco contada mas é real.
O
Candomblé do início do século refletia o mesmo. Desunião e
feudalismo.Uma casa de Candomblé era uma estrutura feudal, com um rei ou rainha declarado e os seguidores que deviam seguir o que ele falava sem piscar o olho.
Como menciona Parés no seu livro sobre a formação do Candomblé no Brasil, entre se submeter a uma casa de Candomblé, e ser uma escravo do dirigente e ir para uma irmandade católica e enfrentar algum preconceito mas pelo menos a possibilidade de inserção na sociedade, a maior parte preferiu o caminho da irmandade, senão o Candomblé seria a maior religião no país.
Alguém já pensou nisso? A população de negros era algumas vezes a de brancos, se os negros libertos optassem por sua religião o Candomblé seria a maior religião do Brasil.
Se o Candomblé não foi a religião de escolha é porque ele tinha e tem problemas viscerais sérios, mas, sem dúvida a necessidade de se estabelecer na sociedade fez os libertos procurarem a religião da sociedade e não manter sua exclusão ao adotar uma religião distinta. Claramente não buscaram a confrontação, mas, eu seria muito ingênuo em desconsiderar a falta de estrutura e a qualidade das relações no Candomblé.
Como menciona Parés no seu livro sobre a formação do Candomblé no Brasil, entre se submeter a uma casa de Candomblé, e ser uma escravo do dirigente e ir para uma irmandade católica e enfrentar algum preconceito mas pelo menos a possibilidade de inserção na sociedade, a maior parte preferiu o caminho da irmandade, senão o Candomblé seria a maior religião no país.
Alguém já pensou nisso? A população de negros era algumas vezes a de brancos, se os negros libertos optassem por sua religião o Candomblé seria a maior religião do Brasil.
Se o Candomblé não foi a religião de escolha é porque ele tinha e tem problemas viscerais sérios, mas, sem dúvida a necessidade de se estabelecer na sociedade fez os libertos procurarem a religião da sociedade e não manter sua exclusão ao adotar uma religião distinta. Claramente não buscaram a confrontação, mas, eu seria muito ingênuo em desconsiderar a falta de estrutura e a qualidade das relações no Candomblé.
Voltando
ao tema principal, em ifá existem liturgias próprias de Ifá e que não
encontraremos no culto de orixá. O Bàbáláwo
trabalha de uma forma distinta do Babalorixá
(Bàbálórìṣà),
contudo, Ifá se apoia ou mesmo depende fortemente do culto de Orixá.
Sim, Ifá
é o oráculo de Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà),
mas o que ocorre em nossas vidas, a ação, passa por Ori e
principalmente por Orixá. Orixá é a divindade que influencia nossa
vida de forma positiva e é quem nos socorre como resultado da
consulta a Ifá. Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà)
não está
dissociado dos demais Orixá (Òrìṣà), ele é o Oráculo, mas
nossa vida ainda é orientada diretamente pelos Orixá (Òrìṣà).
A ação
do Oráculo na nossa vida se inicia com Órunmila
(Ọ̀rúnmìlà)
e Exú (Èṣù),
mas continua e se manifesta com os Orixá (Òrìṣà). Isso está no
odu Oseotuwa. São os orixá os principais motores da nossa
transformação e socorro. O Oráculo como intermediário e
instrumento de diagnóstico determina ações que serão suportadas
por Orixá e egungun.
Esta é
a religião Yoruba. Esta é a teogonia. Assim, Ifá não é isolado
ou independente ele se integra aos demais cultos de forma bastante
natural.
Minha posição é que o nosso dia a dia pertence a nossa relação com Orixá (Òrìṣà). Ifá não pertence ao nosso dia a dia, não pertence ao dia a dia de ninguém. O culto das pessoas, o culto importante é o culto de Orixá (Òrìṣà).
Minha posição é que o nosso dia a dia pertence a nossa relação com Orixá (Òrìṣà). Ifá não pertence ao nosso dia a dia, não pertence ao dia a dia de ninguém. O culto das pessoas, o culto importante é o culto de Orixá (Òrìṣà).
Claro
que o Babalawo tem uma forma própria de fazer o que precisa com seus
Odù e Opon, mas algumas coisas podem ser ditas:
— existem
situações de oráculo que indicam diretamente ou por bom senso que
o consulente deve procurar o culto de orixá;
— a
maior parte das oferendas à orixá pode ser feita da forma como a
pessoa já faz no culto de orixá.
O acesso
aos Orixá é determinado quando se especifica o ebó ou oferenda que
é necessário. Não lembro se já falei aqui sobre a anatomia de uma
consulta a Ifá, creio que sim. Após determinar o Odù que traz a
mensagem a pessoa, o Bàbáláwo
determina qual o ebó que será necessário para fazer aquilo se
manifestar na vida da pessoa.
Nesta
fase da consulta podem ser determinados ebó de Ifá com tabuleiros,
cerimônias específicas de Ifá e as oferendas a Orixá. Sim, no
caso da rama cubana o Bàbáláwo
sempre determina que orixá esta respondendo em socorro aquela
pessoa. Isso não é nada diferente do que um babalorixá faz no seu
culto de orixá com o merindinlogun.
Nesta
etapa é determinado o que o Orixá precisa para ajudar a pessoa. O
que quer que seja oferecido ao Orixá se torna uma oferenda a orixá
e não mais importa como será feita.
O Bàbáláwo pode fazer da
forma como sabe, mas o consulente, se for de um culto de Orixá e
souber o que fazer, também pode fazer a sua maneira ou de qualquer
maneira que se chegue ao orixá. É aqui que entra o culto de orixá.
Os
Bàbáláwos cubanos vão fazer isso da forma como aprenderam, seja
em Ifá ou na Santeria, não tem problema nisso. Mas não pode haver
qualquer tipo de objeção aos brasileiros poderem fazer isso da
forma como aprenderam no seu culto de Orixá ou através de uma casa
de Orixá.
O divino
é o mesmo. Você pode através de cada religião e culto aprender
formas distintas de atingir ao divino. Essa é a função da
religião. Os cubanos aprenderam de uma forma e farão como sabem. Os
brasileiros dos diversos cultos de Orixá podem ter alternativas a
estas formas.
Mas
aquele que diz, como já ouvi, que a forma se fazer uma oferenda para
um determinado Orixá é somente do jeito dele representa a voz do
ignorante. Pior um pouco, não respeita a sua religião ou não
entende que faz parte de uma única religião.
Estou
usando aqui a referência dos cubanos mas isso vale para os
nigerianos e seus filhotes de criação brasileiros. É a mesma
coisa.
Dessa
maneira, consolidando o que eu já disse: Ifá
pode ser usado por qualquer pessoa independente da religião. Ifá é
religião e faz parte de uma religião. Não existe consulta em Ifá
que não resulte em uma oferenda a algum orixá (Òrìṣà) como
caminho para socorrer aquela pessoa.
É totalmente sem sentido a afirmação de que Ifá não é religião ou que seja independente do culto de orixá (Òrìṣà). É religião, apesar de poder ser aplicado a qualquer pessoas, deus esta para todos e não para apenas um conjunto de gente selecionada.
Além disso, existe muita coisa que de forma real é resolvida através de um Bori ou de liturgias ligadas a Ori. Antecipo em dizer que meu entendimento e relação com Ori é bem calma e equilibrada, tem gente que só fala de Ori e diz que tudo é Orí, mas, essas pessoas que assim falam entendem pouco da teologia. Tem muita coisa importante e muitos caminhos, Ori é um deles para determinadas situações.
Mas se você precisa fazer algo através desse caminho, lamento, só vai ter no culto de Orixá, aliás, só vai ter no Candomblé. Esqueça os cubanos, esqueça santeria e esqueça Ifá. Não sabem nada, não entendem e não sabem fazer.
O Bori feito através de Ifá é muito ruim, vergonhoso mesmo. Mal feito, mal elaborado e inefetivo, um placebo. Foi uma invenção dos cubanos que nem sabiam o que era Ori.Ja passei por isso e já participei de vários. Muito ruim, atualmente, não me chamem para isso, não vou.
É totalmente sem sentido a afirmação de que Ifá não é religião ou que seja independente do culto de orixá (Òrìṣà). É religião, apesar de poder ser aplicado a qualquer pessoas, deus esta para todos e não para apenas um conjunto de gente selecionada.
Além disso, existe muita coisa que de forma real é resolvida através de um Bori ou de liturgias ligadas a Ori. Antecipo em dizer que meu entendimento e relação com Ori é bem calma e equilibrada, tem gente que só fala de Ori e diz que tudo é Orí, mas, essas pessoas que assim falam entendem pouco da teologia. Tem muita coisa importante e muitos caminhos, Ori é um deles para determinadas situações.
Mas se você precisa fazer algo através desse caminho, lamento, só vai ter no culto de Orixá, aliás, só vai ter no Candomblé. Esqueça os cubanos, esqueça santeria e esqueça Ifá. Não sabem nada, não entendem e não sabem fazer.
O Bori feito através de Ifá é muito ruim, vergonhoso mesmo. Mal feito, mal elaborado e inefetivo, um placebo. Foi uma invenção dos cubanos que nem sabiam o que era Ori.Ja passei por isso e já participei de vários. Muito ruim, atualmente, não me chamem para isso, não vou.
Tem muito Bàbáláwo
obtuso que fala aos 4 cantos que Ifá não é religião, mas, esse
mesmo Bàbáláwo
entende que orixá (Òrìṣà) é? Se entende então eu lembro que
quase sempre Ifá passa por Orixá (Òrìṣà).
Apesar
de ser religioso e de passar por orixá (Òrìṣà) como instrumento
de manipulação do divino, do supernatural ligado ao divino, Ifá
não muda sua religião. Você pode ser de qualquer religião, se
consultar em Ifá, fazer ebó
(Ẹbọ)
e continuar na sua religião e na sua vida. Ifá não é
proselitista.
Ifá não
trata da vida religiosa de iniciados. Você pode ser de uma casa
Jeje, Ketu ou Batuque e ir a Ifá. Você deve tratar coisas da sua
vida. Para tratar questões de sua formação religiosa procure uma
casa de orixá (Òrìṣà). Não traga para Ifá suas questões
religiosas porque é inadequado e impróprio um Bàbáláwo
tratar disso.
O
Bàbáláwo
é autônoma para fazer oferendas a orixá (Òrìṣà), ele não
depende do culto de orixá (Òrìṣà) mas ele não deve se inserir
em questões religiosas para as quais não tem conhecimento, formação
e muito menos propriedade para falar. Se fizer isso só vai causar
problema para ele e para a pessoa.
É muito
ético um Bàbáláwo
que recebe uma pessoa já iniciada em orixá (Òrìṣà) indicar que
a pessoa procure sua casa para fazer as coias de orixá (Òrìṣà)
que a consulta recomenda.
Se o Bàbáláwo
fizer ele não cometerá nenhuma violação ética, mas ele não deve
ser intrusivo, se ele não sabe o que pode ou não fazer com um
iniciado então não faça nada.
Uma casa
de ifá, um Bàbáláwo
deveria ter ligação com uma ou mais casas de Candomblé, isso seria
útil para ele para poder indicar pessoas.
Em
relação aos 2 cultos, as casas de Candomblé não precisam de Ifá
para seus trabalhos, o Candomblé tem seu oráculo, mas, todos
sabemos que nem todo Babalorixá
(Bàbálórìṣà)
ou Iyalorixá
(Ìyálòrìṣà)
é fluente no uso do oráculo, assim, uma casa de Orixá (Òrìṣà)
poderia, sim, contar com a ajuda de um Bàbáláwo
para uso do oráculo, não junto a clientes, mas auxiliando o
dirigente.
Não se trata de o Bàbáláwo
ensinar algo ao Babalorixá
(Bàbálórìṣà) ou mesmo de corrigir coisas que ele
faz ou indicar coisas diferentes, trata-se do Bàbáláwo
fazer apenas aquilo que ele sabe fazer que é usar o oráculo.
Alguns
podem estranhar eu dizer isso do Bàbáláwo,
mas, é isso mesmo. O que o Bàbáláwo
sabe fazer é usar um oráculo, esse é o único trabalho e missão
dele. Ele usa o oráculo com mestria e executa os ebós e oferendas
indicados. É isso o que um Bàbáláwo
faz, mais nada, o resto se houver é invenção.
Se a pessoa quer mais e acha que apenas cuidar do oráculo é pouca coisa, então esta no culto errado. O Bàbáláwo faz apenas isso e, minha opinião é que já é o suficiente para uma vida,.
Se a pessoa quer mais e acha que apenas cuidar do oráculo é pouca coisa, então esta no culto errado. O Bàbáláwo faz apenas isso e, minha opinião é que já é o suficiente para uma vida,.
Usar um oráculo para ajudar pessoa é muito
difícil. Você tem que aprender muita coisa, mas muita coisa mesmo.
O Bàbáláwo
só faz isso, aprender com interpretar o oráculo e como resolver o
problema das pessoas. Bàbáláwo
que está interessado em fazer mais do que isso é apenas um
comerciante vendendo bugiganga e placebos.
O que ocorre é que tem um exército de Bàbáláwo que não conhece os versos de Ifá, que não conhece teologia yoruba, que não conhece folha. Essas pessoas decoram tratados e saem repetindo as interpretações (ruins) já feitas. Para essas de fato, só cuidar de oráculo será pouco, vai acabar logo o que fazer.
O que ocorre é que tem um exército de Bàbáláwo que não conhece os versos de Ifá, que não conhece teologia yoruba, que não conhece folha. Essas pessoas decoram tratados e saem repetindo as interpretações (ruins) já feitas. Para essas de fato, só cuidar de oráculo será pouco, vai acabar logo o que fazer.
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