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quarta-feira, julho 23, 2014

A religião Yoruba que praticamos no Brasil

O Candomblé como religião

Parte 1


Uma das coisas que mais me preocupa e por isso direciona minhas ações, é a questão do entendimento das pessoas sobre o sentido e utilidade da religião na vida delas.

Sou uma pessoa que tem fé em deus, no meu caso, o vejo como Olodumare. Sou uma pessoa em paz com as religiões, não as vejo como um mal e não reservo a nenhuma delas, ou melhor a umas poucas, um tratamento pejorativo.

Não faço proselitismo de minha religião ou de qualquer outra, mas me dedico a manifestar minha fé no caminho religioso como um meio para termos uma sociedade melhor. Neste sentido busco resgatar na consciência das pessoas o sentido da religião na vida delas. Mais do que ter fé as pessoas também precisam entender qual o sentido prático de serem religiosas e de praticarem uma religião.

No caso do candomblé isso ganha uma dimensão ampliada porque a tarefa é dobrada. É necessário primeiro explicar a religião para as pessoas para, depois disso, falar sobre o sentido da religião na vida delas. Parece exagero? Não é.

Pensando bem o problema é triplicado, porque o candomblé tem um aspecto devocional muito grande e assim a gente tem que também desconstruir alguns dogmas e conceitos existentes.

Quando tratamos das religiões mais conhecidas e universais, falar sobre o sentido da religião na vida das pessoas é mais fácil, porque existe muita informação e fontes sobre a religião, assim você não tem que explicar a religião em si, basta discutir diretamente o assunto, o que faz tudo ser mais fácil. No caso do candomblé iniciar o assunto é muito mais difícil, como vou demonstrar a seguir.

O meu objetivo aqui neste texto é bem simples: Definir com poucas palavras a religião Yoruba para que as pessoas que não a conhecem possam entender.

Mas não é apenas isso, é principalmente definir a religião para que as próprias pessoas desta religião possam falar sobre ela e explicar para outras pessoas a sua própria religião. Parece estranho? Mas não é...

Mesmo para as religiões conhecidas não é fácil para uma pessoa defini-la, do zero, usando uma explicação simples. O que facilita a conversa sobre os temas religiosos é o fato que todo mundo já as conhece, aí as pessoas apenas falam de uma coisa ou outra, não sobre o geral.

No caso do candomblé é lamentável ver que pessoas quando questionadas sobre como é sua religião elas saiam com a clássica frase "... eu amo meu orixá .... " e com aquela expressão de desespero, do tipo “não me pergunte mais nada”.

Não estou sendo pretensioso ou arrogante. Estou explicando minha motivação para escrever. Esta é a realidade. Eu não faço parte do problema, faço parte da solução. Gastei muitos anos de estudo e prática para poder escreve sobre isso.

Este texto terá uma estrutura orientada para a facilidade e objetividade. O quanto você mais ler, mais entenderá, mas as definições serão feitas em ciclos. Cada ciclo detalha mais o anterior mas cada ciclo é completo e autônomo. Assim você poderá com poucas palavras definir a religião e com mais palavras explicar mais, tornar a definição melhor. Será que útil para uma conversa de 5 minutos em um cafezinho ou de meia hora. Mas qualquer pessoa deve ser capaz de definir sua religião com uma frase ou com uma cátedra.

Eu estudei muito, de muitas fontes para poder reduzir a complexidade a expressão mais simples possível. Não tenho dúvida de que muitos podem não gostar do meu ponto de vista, ou discordar. Não estou preocupado com isso, cabe a quem discorda se colocar, eu posso sustentar tudo o que penso.

O objetivo é tudo ser fácil, extremamente fácil para que você e qualquer um possa explicar junto.


Não será um texto único, mas um conjunto de textos, fáceis de serem lidos e entendidos. Existem também textos complementares, com mais informações para aqueles que se interessam. Quanto mais você ler, mais vai entender.

Tenho certeza que muitos não vão concordar com minhas opiniões. Mas não escrevo para essas pessoas, escrevo para aquelas que querem sinceramente entender alguma coisa. Não faço parte do grupo das pessoas que se beneficiam da confusão.

Quem tem outra opinião, é muito fácil, escreva um BLOG. Quem gostar do texto, faça referência a este BLOG.

Informo que o texto está todo completo. O motivo de publicar em parte é para facilitar a leitura, não deixe de acompanhar nos próximos dias o BLOG para ver as partes complementares.


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