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quinta-feira, setembro 17, 2015

A confusão de valores e as tradições afrobrasileiros servindo de instrumento

A confusão de valores e as tradições afrobrasileiros servindo de instrumento

Por Lenny Francis


A CONFUSÃO DOS VALORES: COMO O DEBATE PÚBLICO SOBRE AS TRADIÇÕES AFROBRASILEIRAS VÊM SENDO INSTRUMENTALIZADA PARA A BATALHA POLÍTICA POGRESSISTA DE ESQUERDA.

Há duas grandes vertentes no debate público sobre as chamadas tradições afro-brasileiras. A primeira delas diz respeito ao aspecto cultural, e geralmente parte da premissa de que a religião (com todas as suas nuanças) é fruto da cultura. A segunda vertente é àquela que trata especificamente do Sagrado, do Divino e do espiritual e de suas razões para atuar neste mundo.
Esta primeira vertente que tenta explicar a partir do discurso materialista e social o surgimento, desenvolvimento e transformações destas tradições era, obviamente, encontrada em textos acadêmicos de sociólogos, antropólogos e demais cientistas sociais. Mas este discurso vem sendo transferidos para os membros das religiões conhecidas como candomblé, umbanda e até mesmo o Ifá.
A segunda posição é justamente aquela que vem sendo abandonada no debate público, inclusive quando envolve membros das referidas religiões. Trata-se justamente da migração do discurso puramente religioso para o ideológico/político, onde inicia-se o debate da função social da religião e de como as mesmas, frente as religiões semíticas e cristãs, devem exercer a função revolucionária da quebra de paradigmas.
O que aconteceu foi a instrumentalização pela ideologia de esquerda dos chamados Movimentos Sociais. Estes movimentos incluem o chamado Movimento Negro (e seus derivados: movimentos feministas de mulheres negras, quilombolas, tombamento histórico e cultural de terreiros) e este defende a chamada “identidade negra”. Não minimizo a legitimidade de suas reivindicações, apenas aponto o aparelhamento político destes movimentos.
Este aparelhamento, ao abrir os cofres públicos às ONG’s e aos terreiros (através de verbas de políticas públicas), apostou também na política da vitimização. Esta política coloca cidadãos de bem, responsáveis por suas vidas, como indivíduos inferiorizados que necessitam que o estado os proteja com verbas públicas, ao invés de garantir que as leis sejam realmente igualitárias.
O que houve foi a suplantação do Sagrado Religioso pelo discurso culturalista que passou a tratar a Umbanda, Candomblé, etc. como expressões da cultura negra e não como partes da Verdade transcendente da espiritualidade que nos preenche. Quando você dessacraliza a visão sobre uma religião, você a rebaixa, colocando-a no nível de qualquer atividade profana do cotidiano imanente (de visão completamente materialista que só leva em consideração esta realidade material).
O discurso protagonizado por pessoas que são ligadas a religião de Umbanda, Candomblé e Ifá, estão deixando de ser transcendentes (um dos únicos blogs que fazem o discurso público original – pois existem aqueles que só copiam trabalhos e textos de outros – voltado a questões transcendentes e justifica a atuação neste mundo a partir deste discurso é este Blog e seu incansável Exército de Um Homem Só, Marcos Arino) e passando a ser imanentes e com o comprometimento com a ideologia progressista de esquerda: a defesa da legalização do aborto, a defesa da liberalização do consumo e legalização da produção das drogas, a desestruturação das famílias (com a interferência estatal na família e da desconstrução do papel da mulher na família), a total inversão dos direitos humanos (pois passam a ser apenas direitos das chamadas “minorias” ou dos criminosos em detrimento das vítimas), etc.
Tudo isso defendido publicamente por pessoas que se dizem fieis e praticantes de tais religiões e que nada tem a ver com o Sagrado destas tradições.
Para resumir os motivos de tais discursos imanentes:
- A relativização das virtudes e das verdades transcendentes por consciências distorcidas (conforme demonstrei em um texto anterior);
- A dessacralização da religião em um discurso puramente cultural e social (como apontei acima);
- Dinheiro público jorrando a rios no aparelhamento de ONGs, o que atrai os sanguessugas mau intencionados e os idiotas úteis (o sujeito que não faz ideia do que ele está defendendo, mas o faz, porque o discurso ideológico o convence sem que ele pare para analisar suas premissas históricas – o que em si só é possível graças ao desenvolvimento de uma consciência distorcida).

Agora me respondam: Olodumare, os Orixás, Ifá e as entidades de Umbanda querem que defendamos o aborto, o fim da família tradicional (que não tem inicio com o cristianismo – falarei disso em outro texto também), o uso e distribuição livre de drogas e a total perda das virtudes humanas?  

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